As atividades da Brigada Mata Mosquito teve início na tarde de hoje, 30, em Pedro II. As equipes da secretaria da saúde e Polícia Militar vão passar dois dias na cidade ajudando no trabalho de limpeza, eliminação de focos e conscientização da população para o combate ao mosquito da dengue.
Cada equipe foi formada com agente de endemias ou agente comunitário de saúde, policiais, voluntários e estudantes da rede municipal. O trabalho é localizar possíveis focos, fazer a limpeza do local, dar orientações sobre como evitar a formação de focos. Nos casos onde formam encontrados larvas do aedes aegipty, foi feito o tratamento focal com hipoclorito de sódio.
A dona de casa, Ana Lúcia Vieira, é voluntária pela terceira vez, já que a prefeitura de Pedro II já realizou ações semelhantes nos meses anteriores. "Dessa vez está melhor. Achamos bem menos lixo aqui no centro da cidade, mas das outras vezes chegamos a tirar de uma única casa, quatro sacos cheios de latas e garrafas", conta.
Uma das casas visitadas pela equipe foi a da professora aposentada Josefa Castro que já foi vítima da dengue duas vezes. Ela fez questão de acompanhar os trabalhos da equipe em seu quintal e mostrou que tem tomado medidas preventivas. "Tenho medo de pegar dengue de novo, então limpamos tudo sempre", disse.
Terrenos baldios
Uma das preocupações das equipes foi com a quantidade de terrenos baldios existentes na cidade. Segundo dados da prefeitura, existem cerca de 1.500 terrenos baldios que servem de depósito de lixo e conseqüentemente podem vir a ser focos do aedes aegipty.
No bairro Boa Esperança foi encontrado um terreno onde o acúmulo de lixo despertou a preocupação dos técnicos da vigilância sanitária, que acompanham de perto a operação. "A nossa orientação é que os proprietários desses terrenos sejam notificados para que façam a limpeza dos mesmos. Caso isso não aconteça, entregaremos um relatório ao Ministério Público que deve tomar as providências cabíveis", explica o químico da vigilância sanitária, Daniel Silva.
A realidade constatada pelos técnicos foi confirmada pelos moradores do bairro, como o pedreiro Raimundo José Nunes. Ele disse que os moradores, por não terem uma coleta de lixo regular, terminam jogando nesses terrenos baldios os lixos acumulados em suas casas. "O certo seria o caminhão passar recolhendo os sacos todos os dias, mas isso não acontece", afirma. Os técnicos da vigilância sanitária também estiveram vistoriando o aterro sanitário da cidade.
Por Sana Moraes