Campo maior foi uma das cidades atingidas pelas enchentes, por esse motivo, foi escolhida para receber as equipes da “Brigada Mata-Mosquito”, uma iniciativa da Secretaria Estadual da Saúde, em parceria com Polícia Militar e Emgerpi. Durante dois dias as equipes percorreram todos os bairros da cidade, levando informações, recolhendo o lixo e identificando possíveis focos.
No bairro Santa Cruz, um dos locais atingidos pelas enchentes, as famílias estão começando a retornar para suas casas. Lá foram encontrados alguns focos do mosquito aedes aegipty. A tenente da Polícia Militar Antônia Maria, conta que a receptividade por parte da população tem sido muito boa. “Como esse é um trabalho novo para nós oficiais, estamos fazendo com afinco e temos sido muito bem recebidos por onde passamos”, disse.
As equipes da Secretaria da Saúde, principalmente os técnicos da vigilância sanitária, aproveitaram para visitar cemitérios (um dos locais que podem ter alta incidência de criadouros) e ainda o aterro sanitário municipal, onde foram achadas várias irregularidades, a exemplo da falta de isolamento do local.
Amanhã, 04, as equipes percorrem os municípios de São Miguel do Tapuio e Castelo do Piauí.
Entomologia
Paralelo a esse trabalho das equipes da “Brigada Mata-Mosquito”, o técnico da Secretaria da Saúde, Carlos Gomes, que é entomologista, está coletando amostras de larvas para investigação sobre possível presença da espécie aedes albopictus, que tem grande relevância sanitária em outros países.
Ele conta que um único mosquito dessa espécie foi encontrado de forma acidental, por isso não tem valor científico. “Estamos realizando esse trabalho de coleta e análise destas amostras para posteriormente, dependendo dos resultados, publicarmos cientificamente artigo sobre o assunto”, explica. Outros pontos que a serem analisados, além da identificação, é o quantitativo e dispersão do vetor. As amostras colhidas em Pedro II e Campo Maior já estão sendo analisadas.
Por Sana Moraes/direto de Campo Maior
Por Sana Moraes