O Ministério da Saúde decidiu ampliar o prazo da Campanha Nacional de Vacinação do Idoso. A campanha prevista para encerrada no dia 09, se estenderá por mais uma semana, em todo o país. Com isso, os idosos têm até o dia 16 de maio para se vacinar. Aqueles que não podem se locomover devem fazer contato com a secretaria municipal de saúde solicitando a visita de uma equipe volante, que também percorrerá instituições de internação, tais como asilos e hospitais.
A prorrogação da Campanha se deve a problemas climáticos ocorridos em diversas regiões, que prejudicaram a locomoção do público alvo da vacina até os postos de saúde. Até o início da manhã de hoje (9), 9,7 milhões de pessoas com 60 anos ou mais já haviam sido imunizados, o equivalente a 60,2% dos mais de 13 milhões previstos. Este ano, a meta foi ampliada, de 70% para 80% da população nesta faixa etária. “Estamos confiantes de que alcançaremos ou até ultrapassaremos a meta, porque o resultado parcial para o dia é satisfatório, já que alguns municípios ainda não informaram quantos foram vacinados em suas áreas de abrangência”, explica a coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Marília Bulhões. Segundo ela, até agora, 29,1% dos municípios já atingiram a meta.
Em sua décima edição, a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso traz o slogan “Não deixe a gripe derrubar você. Vacine-se”. Os objetivos da vacinação são reduzir os casos de gripe, as complicações decorrentes dessa doença, as hospitalizações e os óbitos entre os idosos.
Estudos nacionais e internacionais mostram que a vacina contra influenza reduz mais de 50% das doenças relacionadas à gripe nos idosos vacinados e, no mínimo, 32% das hospitalizações por pneumonias. Além disso, estudos apontam que há queda de pelos menos 31% das mortes hospitalares por pneumonia e influenza (gripe) e de cerca de 50% das mortes hospitalares relacionadas às doenças respiratórias. Quanto aos óbitos entre idosos, por diversas causas, o percentual de queda varia entre 27% e 30%.
Para garantir a vacinação da população idosa do Brasil, o governo federal investiu R$ 150 milhões na realização dessa campanha, dos quais R$ 127 milhões aplicados na aquisição dos imunobiológicos, R$ 17 milhões transferidos para estados e municípios e R$ 5 milhões para apoiar a operacionalização da ação.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em duas décadas o Brasil será o 6º país do mundo em população de idosos. Semelhante ao que acontece nas demais nações do mundo, a população brasileira está passando por um processo de envelhecimento rápido e intenso.
Um dos maiores desafios em relação à saúde da população com mais de 60 anos é a prevenção de enfermidades que interferem no desenvolvimento de suas atividades diárias, sendo a gripe uma das principais doenças.
Hoje, o crescimento do fluxo de viagens internacionais e da população com mais de 60 anos (mais vulnerável) facilitam a disseminação do vírus. Isso exige da política nacional de saúde estratégias adequadas, com atenção especial à ampliação das coberturas vacinais dos grupos de risco, às pesquisas e ao desenvolvimento de vacinas.
O esforço para a vacinação de idosos no Brasil conta com o apoio dos integrantes do Comitê de Divulgação e Mobilização da Campanha de Vacinação do Idoso. Participam do Comitê dezenas de parceiros, como os ministérios dos Transportes, Esportes, Trabalho, Defesa, Desenvolvimento Social e Ciência e Tecnologia, além da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Organização Pan-americana de Saúde.
Também integram o Comitê o Movimento das Donas de Casa e Consumidores, o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, a Sociedade Brasileira de Geriatria, a Santa Casa de São Paulo, a Federação dos Aposentados e Pensionistas do Distrito Federal, entre outros.