O Hospital Getúlio Vargas alerta para os riscos dos fogos de artifícios e fogueiras durante o mês de junho. Segundo o Chefe da Unidade de Queimados do HGV, Deninberg Santiago, nesta época as queimaduras por fogos de artifícios geralmente aumentam em 50%.
Segundo dados do Relatório de Atendimento da Unidade de Queimados, entre janeiro de 2003 a maio de 2008 foram atendidos mais de 1.500 pacientes com queimaduras no hospital. Desse total, cerca de 500 ficaram internados na Unidade.
Nos cinco últimos anos, mais de 100 pacientes foram atendidos por lesões com fogos de artifícios. Essas últimas internações aconteceram nos meses de junho e julho. Foram registrados ainda 25 óbitos, totalizando uma letalidade de 5,4%, sendo que no último ano essa taxa caiu para 1,7%.
Nesses meses, são também freqüentes as queimaduras por fogueiras. Santiago explica que soltar foguetes somente deve ser feito por profissionais. Segundo ele, os pais querem agradar os filhos sem saber os riscos que estão correndo.
Geralmente nas queimaduras com fogos de artifícios, como bombas e foguetes, o resultado é a perda de membros superiores, principalmente as mãos. “A queimadura quando não deixa seqüela orgânica, deixa seqüela psicológica”, alerta Santiago.
Há três tipos de queimaduras a de 1°, 2° e 3° graus. A queimadura de 1° grau é a que mais dolorosa, pois queima somente a pele superficialmente. As de 2° grau são aquelas que formam bolhas na pele e são acarretadas por água e vapores quentes. A de 3° grau não cria bolhas, queima toda a pele (derme e epiderme) e as terminações nervosas, por isso não provocam dor.
Deninberg Santiago esclarece que o melhor é prevenir não somente durante o mês de junho, mas todo o tempo. “Em casas com criança, é importante evitar que ela fique na cozinha durante a preparação de alimentos; o cabo da panela deve sempre ser virado para o lado da parede para evitar que vire; o registro do gás deve estar sempre desligado; álcool em casa, somente em gel, e quando for limpar eletrodoméstico é necessário desligar”.