Neste mesmo período do ano passado, mais de 50 casos já haviam sido notificados em Valença. Neste ano houve apenas sete notificações. “Não encontramos muitos focos. A realidade depois desse mutirão vai ser outra. A população está sendo receptiva e não houve rejeições”, afirma o agente de endemias, Vancleiton Silva.
O tenente bombeiro, Moura, que ontem, 12, esteve no bairro Valentim, disse estar satisfeito com a receptividade da população. “Ontem, visitamos 464 residências e não houve rejeição em nenhuma”, disse.
Vancleiton conta ainda que o centro é a região da cidade com maior índice de infestação. “Praticamente todos os casos notificados este ano eram de pessoas que residem no centro da cidade. Nós percebemos que a população dos bairros mais humildes tem uma melhor consciência de como combater a doença do que aqueles que moram nas zonas mais urbanas”, disse. Em Valença, 13 agentes de endemias fazem a cobertura dos domicílios.
O estudante Fábio Moura Júnior, 16 anos, morador do bairro Novo Horizonte, foi acordado pelos brigadeiros nesta manhã, mas não reclamou. “Eu achei ótima a visita. Porque os policiais ajudam a gente a juntar os materiais que podem conter o mosquito da dengue”, disse.
Vigilância
Paralelo ao trabalho feito pela Brigada, o técnico da vigilância sanitária estadual, Isócrates Dias, percorreu em Valença vários locais que podem conter criadouros do mosquito da dengue como o lixão, cemitério, matadouro público e açougue.
O técnico faz uma avaliação positiva das atividades. “Somente no matadouro público, encontramos irregularidades. Lá existe uma lagoa que precisa ser drenada, no entanto não acarreta perigo para proliferação do mosquito já que recebe parte do sangue dos animais abatidos. No restante dos locais visitados, não achamos irregularidades”, explica Isócrates.
Por Sana Moraes