“Prevenir é melhor que remediar”. Cotidianamente nos acostumamos a confirmar esse ditado popular. É essa também a máxima de quem trabalha em setores como a Vigilância Sanitária, que apesar das pessoas ligarem imediatamente a fiscalizações e apreensões, é uma área importante para a promoção e prevenção da Saúde.
Foi para discutir, avaliar e traçar estratégias para as Vigilâncias Sanitárias do Nordeste que representantes de vários segmentos dos sete estados da região estiveram em Teresina nesta quarta e quinta-feira no Fórum Regional de Vigilância Sanitária, que reuniu mais de duzentos participantes, no Atlantic City Club. Realizado pela Agencia nacional de Vigilância Sanitária em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde do Piauí, através da Diretoria Estadual de Vigilância Sanitária, o Fórum discutiu o Plano Diretor de Vigilância Sanitária, dando prioridade aos três eixos norteadores: a integração, integralidade e intersetorialidade.
Para a diretora da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, Maria Cecília Brito, o momento é de a população conhecer e ser parceiro do trabalho da Vigilância Sanitária, uma vez que seu maior objetivo é resguardar a saúde da população através de medidas, muitas vezes simples. “Nós precisamos mudar essa idéia de que só apreendemos, interditamos, que somos polícia. Isso só acontece quando chegamos no último momento, quando falhamos na nossa primeira ação que é proteger. Nesse momento a Vigilância Sanitária se mostra aos seus maiores colaboradores e interessados. O Poder Legislativo porque precisamos de normas e leis, precisamos estar juntos do Ministério Publico que defende o cidadão, também com a Defesa do Consumidor, que defende o consumidor. São parceiros como esses que nos ajudam a proteger a saúde da população”, explica Cecília.
Ela ressalta a grande vantagem do Plano Diretor de Vigilância Sanitária é garantir que as VISAS de todo país falem uma só língua. “O PDVISA garante princípios bem definidos, com direções bem definidas. Do mesmo jeito que se deve tratar da farmácia do Piauí é deve ser no Rio Grande do Sul, o mesmo processo administrativo feito no Paraná deve ser feito em qualquer lugar do país. Isso tudo será baseado em conhecimento técnico e científico, elaborado por todos os segmentos envolvidos nos Fóruns”, destaca a diretora.
O secretário de Saúde Assis Carvalho garantiu durante o Fórum que a Vigilância Sanitária é um dos setores primordiais de sua gestão, ressaltando que a prevenção é importante para a economia do país. “Hoje um dos grandes problemas da saúde pública é o financiamento. É muito mais barato prevenir e promover a saúde que a assistência na alta complexidade”, garantiu Carvalho.
A representante do Ministério público, Cláudia Seabra, que participou das discussões do Fórum, falou da importância da Vigilância Sanitária para o Ministério Público. “A Vigilância é um grande parceiro do Ministério Público. Costumo dizer que sem ela fazemos muito pouco ou ainda fazemos sem qualidade. É na Vigilância que baseamos nossas ações, nos seus critérios técnicos”, disse a promotora.
Ainda participaram do Fórum representantes do Ministério da Saúde, Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde, Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde e Conselho Nacional de Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Assembléia Legislativa, Universidades, escolas de saúde públicas, Órgãos de Defesa do Consumidor e Laboratório Central (Lacen), Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, Conselhos Municipais de Saúde, além das Vigilâncias Sanitárias Estaduais e Municipais.