O Piauí possui quatro núcleos de Vigilância em Ambiente Hospitalar. È um serviço que foi implementado dentro dos hospitais para auxiliar na notificação de agravos. Esse é um dos temas que está sendo abordado dentro da II Mostra de Experiências em Epidemiologia e Controle de Doenças inserida dentro da Programação do Seminário Estadual “20 anos do SUS no Piauí: Construindo o SUS que dá certo” e tem como principal objetivo oportunizar aos participantes a exposição de suas produções, estimular a pesquisa e a integração das áreas da saúde.
Os serviços funcionam dentro do Hospital Getúlio Vargas, Hospital Infantil Lucídio Portella, Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, Hospital Regional Justino Luz em Picos e já está em fase de implantação nos hospitais regionais em Floriano e Bom Jesus. “Durante a Mostra lançamos o primeiro boletim baseado nos dados coletados junto ao Hospital Getúlio Vargas. Os dados revelam que somente em um trimestre mais de 800 agravos foram notificados. Anteriormente a maioria dos agravos não eram registrados nos sistemas de informação”, explica a coordenadora de vigilância epidemiológica da Secretaria da Saúde, Raimunda Damasceno.
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Os Núcleos tem estrutura própria e recebem financiamento para sua manutenção do Ministério da Saúde. “O serviço precisa da integração de várias áreas dentro do Hospital. Diariamente é feita a busca ativa de casos de interesse de notificação para investigação e informação ao Ministério da Saúde. Nós sabemos que quando as pessoas se acidentam ou são agredidas por animais eles procuram o ambiente hospitalar e que anteriormente esses casos não eram notificados”, expõe a coordenadora.
A mostra traz experiências exitosas em diversas áreas. “Temos expostos aqui trabalhos diversas pesquisas e trabalhos sobre dengue, leishimaniose, doenças de chagas e outras experiências de epidemiologia executadas pelos serviços de saúde. Temos as experiências em epidemiologia feitas pelas equipes do Programa Saúde da Família, a exemplo de Piripiri, trabalhos na área dos sistemas de informação relativos a óbitos e paralisias. Os trabalhos estão expostos na forma de banner e teremos ainda o relato oral dos profissionais da área de serviço. Trouxemos também alguns convidados como o Ministério da Saúde que veio falar sobre a importância da integração das vigilâncias epidemiológicas com a área de atenção à saúde”, explica Raimunda Damasceno.
Entre os assuntos abordados dentro da Mostra podemos destacar as experiências com as DANTES (Doenças Não-Transmissíveis), responsáveis pela maioria das internações e óbitos.
Por Sana Moraes