O Dia Mundial de Combate à Hanseníase é comemorado em 24 de janeiro. Este ano, com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a doença e o diagnostico precoce, a Secretaria Estadual da Saúde e a Fundação Municipal de Saúde ganharam as ruas de Teresina. As ações tiveram início hoje, 23, na Rua Climatizada, no centro de Teresina com distribuição de material educativo, exibição de vídeos e diagnóstico clínico da hanseníase. As atividades prosseguem até o dia 30.
Municípios como Paranaíba, Floriano e Picos também participam ativamente da campanha. A Secretaria oferece apoio técnico e materiais para que os municípios do interior também organizem sua programação de campanha de combate à Hanseníase “o Estado mobiliza e subsidia a capital e os municípios para a realização de suas programações de campanha”, afirma George Cavalcante, coordenador estadual de doenças transmissíveis.
A hanseníase, é uma doença que atinge a pele e o sistema nervoso e é provocada pelo bacilo Mycobacterium leprae. A doença se manifesta, geralmente, com manchas dormentes na pele. O diagnóstico é simples e clinico, podendo ser feito até pelo próprio paciente, observando esses sinais que possam aparecer na pele. Nos casos mais graves, ela atinge o sistema neurológico podendo levar entre outras coisas à cegueira. É muito importante que o paciente esteja atento ao seu corpo e em caso de anormalidade é necessário procurar um serviço médico.
Não há prevenção para a Hanseníase, mas é uma doença de simples diagnóstico e quando descoberta no inicio tem chances totais de cura. O tratamento é simples, porém prolongado, pois o paciente pode passar até 12 meses ingerindo medicações constantes.
Ruimar Batista, 50 anos, conviveu com a doença nos anos 80 e avalia as evoluções do diagnóstico e tratamento. “Há mais de 20 anos, quando adquiri a doença, o tratamento médico era desumanizado, eles temiam se aproximar para evitar a contaminação. Ainda tive que tomar remédios por cinco anos, um tratamento muito longo e enfrentar a discriminação por parte das outras pessoas”, conta ele que também é coordenador do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), um dos grupos mais organizados e atuantes na área da saúde.
O Piauí tem 2.600 casos notificados que estão recebendo o tratamento gratuito, com 84% de chance de cura. Os medicamentos são distribuídos nos postos de saúde e não tem nenhum custo para o paciente.
Assessoria de Comunicação - Secretaria da Saúde