O Hospital Areolino de Abreu, referência em saúde mental no Piauí, apresentou a consultores do Ministério da Saúde as atividades de humanização do atendimento desenvolvidas pelo hospital. O psicólogo Erasmo Ruiz, coordenador do Programa Nacional de Humanização no Nordeste, e Annatália Gomes, responsável pelo Piauí, ficaram satisfeitos com os avanços do programa na área psiquiátrica no Piauí. “Nossa visita ao hospital serviu para estreitarmos o diálogo e produzirmos um conhecimento mútuo”, disse Ruiz que enfoca três linhas básicas no trabalho de humanização na área de saúde mental: saúde do trabalhador, trabalho em rede e serviços de residências terapêuticas. O trabalho do Areolino será divulgado no site da Rede Humaniza SUS do Ministério da Saúde. “A humanização do atendimento hospitalar requer mudanças de valores, comportamentos, conceitos e práticas, exigindo cada vez mais dos profissionais uma atitude respeitosa e comprometida no que se refere ao atendimento com qualidade aos usuários do SUS. Essa postura hoje só é possível porque existe um grande investimento através da Secretaria de Estado da Saúde em capacitação de todos os seus colaboradores, afirma a diretora do Hospital Areolino, Márcia Astrês. Para Annatália, o encontro foi muito positivo. “É importante refletir as práticas existentes e fazer interfaces com a Política Nacional de Humanização com clareza metodológica, envolvendo todas as pessoas nessa questão“. A humanização é uma ação complexa, visto que o indivíduo não pode ser considerado humanizado somente pelo seu conhecimento, mas sim pela forma com que usa esse saber em benefício da saúde dos outros. É neste momento que se compreende a importância da subjetividade no trabalho dos profissionais da saúde. A humanização requer o desenvolvimento de práticas terapêuticas eficazes e interdisciplinares, visando a produção de uma saúde mais digna para todos. O encontro também teve espaço para discutir as diretrizes para o ano de 2009. “Estamos trabalhando intensamente por acreditar que o tratamento se torna mais rico em humanidade, em sensibilidade e em afetividade“, encerra Márcia Astrês.