“Faltando dois meses para completar 10 anos, Diego começou a sentir falta de ar e muito cansaço. Como eu tinha asma, os médicos achavam que ele poderia estar com esse mesmo problema. Nessa época, ele teve uma crise muito forte, não conseguia respirar”. Este depoimento é de Socorro Rodrigues, mãe de Diego, de apenas 13 anos, que sofre de um problema neuromuscular (um comprometimento da musculatura).
“A parte cognitiva, cerebral e de relacionamento é normal. Os pacientes que têm esse problema participam do cotidiano, conversam, brincam, porém, como a doença compromete a musculatura respiratória, eles não têm um padrão respiratório normal. Então dependem de aparelhos que só são disponibilizados em unidades hospitalares”, explicou Roberto Neiva, coordenador da UTI do Hospital Infantil Lucídio Portella.
De acordo com os médicos, Diego já nasceu com o problema. “Meu filho sempre foi uma criança diferente das outras, ele era muito magrinho, não ganhava peso, e sempre que eu levava ao médico, ele fazia os exames, tudo dava sempre normal, os médicos achavam até que os problemas que ele apresentava estavam ligados ao fato dele ter nascido prematuro. Eles achavam também que o Diego tinha um atraso no sistema neuromotor, por isso ele custou a andar e a sentar. Ele caía muito quando ele tinha três anos de idade”, contou dona Socorro.
Diego foi internado no Infantil e não mais voltou para casa. “Ele já foi direto para a UTI, e desde esse dia, até hoje, não saiu mais. Os médicos fecharam o diagnóstico dele, após análise dos exames em São Paulo e nos Estados Unidos”, conta a mãe.
Diego mora na UTI do Hospital Infantil desde 2005, lá ele recebe a medicação necessária para fortalecer seus músculos. A doença já foi estabilizada. “Ele anda, fala, faz tudo. É uma criança muito inteligente, na escola sempre estava um ano adiantado da série dele. Meu filho parou de estudar na 4ª série, mas ele faz cada coisa no computador que impressiona quem vê. Agora mesmo ele está fazendo um curso de espanhol pela internet”, continua a mãe.
Hoje, aos 13 anos de idade, Diego tem como sonho a esperança de voltar para casa. “Estou com saudade de casa. Quero voltar a estudar”, disse Diego. A família mora em Altos (a 45 km de Teresina).
O sonho do menino está perto de se tornar real. “O Diego em breve vai poder voltar para casa. A Secretaria da Saúde já adquiriu um tipo de ventilador que vai possibilitar que ele continue o tratamento em sua casa”, explicou o pediatra Marcelo Madeira, diretor do Hospital Infantil.
Em casa, Diego precisa ter todo conforto, nada pode colocar em risco a saúde do menino, e por isso, a casa que era de taipa, foi toda reformada. “Ele vai ter como se locomover sem risco de pegar uma infecção. Minha casa era de taipa, então eu tive que construir toda praticamente. Através de doações, eu consegui rebocar a casa toda, forrar o quarto do Diego, piso, cerâmica, conseguimos um ar condicionado, então tudo que a gente precisava para dar um atendimento de qualidade para o Diego dentro de casa nós conseguimos”, disse dona Socorro.
Quando retornar para casa, Diego vai voltar a estudar. “As professoras dele já estão todas mobilizadas para se revezar, e assim que ele voltar para casa, meu filho vai poder estudar”, afirma a mãe.
No ano passado Diego ganhou um presente de toda equipe do Hospital Infantil: passou o aniversário em casa. “Foi o dia mais feliz da minha vida depois de três anos longe de minha casa. Como ainda não deu pra estar definitivamente em minha casa, no dia do meu aniversário o pessoal da UTI me deu esse presente, claro que tudo com a autorização da direção do hospital. Foi muito lindo. Pude rever meus amigos e muitas pessoas da família também”, contou Diego.
Mesmo sabendo que teria que retornar para o Hospital, a volta foi um momento triste, mas Diego não desanima. “Todos queriam se despedir, mas não gosto de despedida, até porque tenho fé em Deus e a certeza de que logo estarei de volta, e dessa vez pra ficar. Difícil foi controlar as pessoas, que ficaram todas chorando”.
Assim como Diego, outras crianças moram no Hospital Infantil, algumas não têm a mesma sorte do menino, pois devido ao seu estado clínico, não poderão voltar pra casa.
Humanização
Está comprovado cientificamente que a alegria faz com que uma pessoa produza alguns hormônios que ajudam a melhorar o seu estado de saúde. “Foi comprovado através de vários estudos científicos que as crianças têm uma recuperação mais rápida e melhor com terapias alternativas. Então quando você põe um animador em uma enfermaria, para estar todo dia cuidando e levando alegria para os pacientes, isso vai trazer uma recuperação mais rápida para ela”, disse o diretor do Hospital Infantil, Marcelo Madeira.
A política de humanização do Hospital Infantil é trabalhar principalmente o fator psicológico da criança. As festas realizadas em datas comemorativas têm proporcionado grandes resultados nos tratamentos infantis. “Essas festinhas são muito boas. Minha filha pode dançar e brincar bastante com as outras crianças, coisa que ela não fazia desde que se internou e isso ajuda muito na recuperação dela”, afirmou Luciana Maria, mãe da pequena Zemirela.
Programações como esta que o Hospital Infantil realiza serve também para quebrar a rotina do paciente. Para a assistente social, Cristina Assunção, a alegria é geral. “Você vê claramente que há um contentamento da criança, da família e dos próprios funcionários. Isso faz bem as nossas crianças, então, a gente tem que tornar momentos como esse cada vez mais presente aqui no Hospital”.
“Esse trabalho é realizado durante todo o ano. Nós sempre trazemos as principais festas para as crianças, pois é uma maneira de transformar a internação delas em algo menos doloroso”, disse o diretor do Hospital Infantil, Marcelo Madeira.
Atendimento Eletivo
O Hospital Infantil faz cerca de 80 mil consultas por ano. Os casos mais comuns são as doenças do aparelho digestivo, como diarréias crônicas, que podem ser seguidas de desidratação, necessitam de um acompanhamento mais especializado. Pneumonia e doenças cardiológicas que podem vir com o nascimento ou decorrentes de outros fatores também se somam as ocorrências mais comuns.
Antes de nascer
Além do Hospital Infantil, a Secretaria da Saúde mantém duas unidades de saúde que são referência no Estado para o atendimento às crianças desde antes do nascimento.
A Maternidade Evangelina Rosa disponibiliza uma série de serviços para garantir uma gestação saudável. Durante o pré-natal, a futura mamãe recebe instruções do médico sobre alimentação, cuidados com o corpo, atendimento odontológico, orientações sobre amamentação e hábitos de vida saudável. Nos casos necessários, atendimento psicológico para a prevenção da depressão pós-parto, um problema que afeta muitas gestantes, sobretudo aquelas com idades mais baixas. “Fui muito bem atendida aqui na Maternidade. Fiz todos os exames que precisava para ter uma gravidez saudável. Fui muito bem tratada”, disse Rosilene Ramos de Araújo, 29 anos.
Fazer o pré-natal na Maternidade Evangelina Rosa é simples. “Confirmada a gravidez, é feita a classificação do tipo de gravidez - se é normal ou de risco - e agendada a primeira consulta. Ela vai ser acompanhada de mês em mês”, explicou o diretor do Instituto de Perinatologia do Piauí, Josué Nascimento.
Por ano são atendidas 25 mil mulheres em serviços de pré-natal, além de outros serviços como exames laboratoriais, de imagem e vacinas. No Instituto é feito ainda acompanhamento de crianças até cinco anos de idade, totalizando cerca de 290 mil procedimentos ao ano.
Referência em alta complexidade gestacional e Hospital de Ensino credenciado pelo Ministério da Educação, a MDER abriga dois programas de residência médica, além de vários cursos da área da saúde. Em suas instalações são realizados 63% dos partos ocorridos em Teresina, dos quais 88% de clientes provenientes do Estado do Piauí e 12% de outros Estados (Maranhão, Tocantins, Pará e Ceará).
Os serviços têm um impacto significativo na redução da mortalidade infantil e materna no Piauí, sobretudo se considerarmos que nos últimos três anos tivemos uma redução significativa do perfil dos recém-nascidos internados em nossa UTI neonatal.
A taxa de mortalidade neonatal, 17,4 por mil nascidos vivos, encontra-se dentro da expectativa para hospitais de referência, tendo em que o Hospital atende ocorrências de maior gravidade. Houve uma redução significativa da taxa de mortalidade neonatal, que passou de 78,54% em 2007 para 67,12% no ano passado.
Gravidez de Risco
Mulheres que tem gravidez considerada de alto risco devem receber atenção especial. A gravidez ocorrida durante a adolescência também é considerada como de alto risco. “Meninas de até 18 anos são consideradas grávidas de alto risco. Além do atendimento normal, elas participam de reuniões com diversos temas, sobre aleitamento materno e o parto, elas fazem também visitas na Maternidade para conhecer o local onde vão ter o bebê, são acompanhas por nutricionistas, psicólogas, fisioterapeutas, enfim, elas têm um atendimento mais complexo”, explicou o diretor do Instituto.
Luciléia Feitosa, 20 anos, está no oitavo mês de sua segunda gestação, a primeira foi aos 15. “Passei por muitas dificuldades durante minha gestação, mas fui muito bem amparada aqui. Fiz tudo direitinho. Agora só estou na expectativa da minha criança nascer”.
Aleitamento
“Eu me sinto realmente mãe quando estou amamentando minha filha”. Este é o sentimento de Renegilda Silva, que tem três filhos. “O leite do peito é saudável para a criança. Vou amamentar até quando for necessário”, disse.
Os benefícios da amamentação são garantidos tanto para a mãe, quanto para a criança. Para a mãe, reduz o risco de doenças como câncer de mama, útero e de hemorragias que podem acontecer logo após o parto. Já para a criança, as vantagens são ainda maiores. O leite materno possui todas as vitaminas, proteínas, sais minerais, açúcares e gordura que a criança precisa para se desenvolver. Além disso, protege contra várias doenças como uma vacina.
Os índices de aleitamento materno vêm melhorando nos últimos anos no Estado do Piauí. Foi o que mostrou uma pesquisa pioneira realizada pela Secretaria da Saúde no ano de 2006, em 45 municípios piauienses. A pesquisa contou com uma amostra representativa de 1.963 crianças.
De acordo com a análise, houve uma evolução no quadro do aleitamento materno no Piauí. “Podemos comprovar que nossos índices de aleitamento melhoraram em torno de 17%”, disse Carmem Ramos, nutricionista e coordenadora da pesquisa. Outro dado significativo demonstrado pela pesquisa foi de que, na idade de quatro meses, a prevalência de aleitamento materno exclusivo saltou de 42% para 52%.
Além de números absolutos, a pesquisa ainda estudou fatores que se associam ao aleitamento materno. “Percebemos que a escolaridade influi no aleitamento. Se a mulher é de uma classe econômica mais baixa ela amamenta mais tempo. Também podemos comprovar a importância da amamentação na primeira hora de vida e o perigo do uso de chupeta e mamadeira que interfere no tempo de aleitamento”, argumenta Carmem.
O aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de vida e continuado até os dois anos ou mais de vida da criança.
Banco de Leite - A nutricionista do Banco de Leite da Maternidade Dona Evangelina Rosa, Vanessa Paz, conta que para absorver a atual demanda da Maternidade seria preciso um estoque diário de cinco litros e meio de leite materno. “Estamos com uma demanda de atendimento atualmente de 50 bebês, que estão recebendo o leite, então isso requer que a gente tenha pelo menos cinco litros e meio por dia”. A Maternidade está no momento com 40 doadoras para o banco de leite, porém não são doadoras permanentes.
Ainda no pré-natal, as mães são orientadas a fazer doações de leite. Algumas se solidarizam com as aquelas que não podem amamentar os seus filhos. “No pré-natal a gente já começa a trabalhar a importância dessa gestante vir a ser uma doadora. No pós-parto, fazemos visitas para orientar como deve ser feita a doação”, explicou Vanessa.
Atualmente a Maternidade está trabalhando na elaboração de um projeto em parceria com a Pastoral da Criança, no sentido de montar postos de coleta em alguns bairros e cidades próximas de Teresina. Essa iniciativa visa aumentar a captação de leite humano.
Triagem Neonatal
O Programa Estadual de Triagem Neonatal no Piauí teve início em janeiro de 2005, habilitado pelo Ministério da Saúde na fase I, que realiza a triagem para confirmação diagnóstica, acompanhamento e o tratamento para as patologias Fenilcetonúria e Hipotireoidismo Congênito.
Agora o Estado se mobiliza para iniciar a fase II do Teste do Pezinho, destinada à detecção precoce, acompanhamento e tratamento da fibrose cística ou mucoviscidose (o teste do suor) e da anemia falciforme. Segundo estimativas do Programa Nacional de Triagem Neonatal, a cada ano, 3.500 crianças nascem portadoras da doença falciforme no Brasil e com o diagnóstico precoce, através do Teste do Pezinho e tratamento adequado, a doença pode ter seus efeitos reduzidos e controlados.
“Já estamos encaminhados no processo de habilitação da fase II. Podemos dessa forma maximizar a assistência aos nossos recém-nascidos”, explica a coordenadora estadual de atenção à saúde da pessoa com deficiência, Rosário Leal.
O Teste do Pezinho é obrigatório por lei em todo o Brasil. O exame é feito através de uma análise laboratorial muito simples. Um furinho no calcanhar do bebê, região rica em vasos sanguíneos, é o suficiente para a coleta do sangue, que pode detectar doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, capazes de causar alterações no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê.
O diagnóstico precoce oferece condições de um tratamento que deve ser iniciado nas primeiras semanas de vida da criança. Em média, a Maternidade Dona Evangelina Rosa coleta 500 amostras de sangue por mês. A Maternidade é um dos mais de 236 postos de coleta para o exame, funcionando as manhãs e tardes, durante todos os dias.
Muitas mães confessam ainda ter medo em realizar o Teste do Pezinho nos filhos. Medo que não atinge dona Francisca Maria Freitas, mãe da pequena Sarah Vitória. Ela levou a menina para fazer o exame logo no terceiro dia de nascimento da filha e reconhece a importância que o mesmo contribui para a saúde da criança. “Tenho fé que esse exame não vai diagnosticar nenhum problema na minha filha, mas caso contrário, eu vou poder tratar desde bem cedo para que ela não tenha dificuldade no futuro”, disse.
Teste da Orelhinha
A Triagem Auditiva, conhecida popularmente como Teste da Orelhinha, foi implantada na rede pública em outubro de 2005. O Piauí atualmente conta com serviços de média e alta complexidade que atendem e fornecem pelo SUS, próteses para pessoas com perdas auditivas. “Atualmente, uma pessoa com deficiência auditiva no Piauí tem direito não só à prótese auditiva, mas também de receber o tratamento integral, que vai desde o trabalho de diagnóstico até o de reabilitação através da concessão da prótese, caso seja necessário”, explicou o diretor da Maternidade Dona Evangelina Rosa, Francisco Passos.
Os problemas auditivos mais comuns têm como fatores de risco o baixo peso infantil, infecções, rubéola durante a gestação, além do uso indevido de remédios para o ouvido. O teste deve ser realizado entre o 2º e o 28º dia de vida do bebê. Nesse período, são maiores as chances de tratar ou reduzir o problema de surdez que pode vir a comprometer o aprendizado, a comunicação e o desenvolvimento da criança.
De acordo com os dados da Evangelina Rosa, 60% das mães deixam de fazer o exame. De cada 1.000 crianças que nascem por mês na maternidade, somente 400 fazem o teste da orelhinha. "Existe ainda muita falta de informação entre as mães. Todas as mães são orientadas a fazer o teste, mas menos de 50% voltam a Maternidade para realizar", explica a fonoaudiológa responsável pelo teste da orelhinha na Maternidade, Adriana Rufino.
Teste do olhinho
Encontra-se em fase de implantação na MDER o Teste do Olhinho, destinado à detecção precoce e ao tratamento, quando necessário, dos distúrbios oculares neonatais.
Centro Materno-Infantil e Adolescente do Piauí
Para ampliar o atendimento, o Governo do Estado, com apoio do Ministério da Saúde, vai construir em Teresina o Centro Materno Infantil e Adolescente. O prédio vai ser erguido no local onde se encontra a Maternidade Evangelina Rosa.
A obra vai resolver o problema da alta demanda por serviços especializados nesta área. Tanto a Maternidade como o Hospital Infantil encontram-se no limite das suas possibilidades de atendimento. O Centro vai ainda estabelecer um lugar de atenção à saúde do adolescente, segmento da população cada vez mais carente de atenção e ainda pouco assistido no Estado. “Ampliações e reformas efetuadas nesses dois hospitais amenizam, mas não respondem de forma plena às necessidades da população ou dos profissionais envolvidas nas ações de atenção à saúde. As estruturas antigas, em alguns aspectos obsoletas, inviabilizam modificações e transformações no nível e na intensidade requerida para que continuem desempenhando o importante papel de apoio da atenção à saúde de qualidade e humanizada”, afirmou o secretário Assis Carvalho.
Esse conjunto de obras e serviços acomodará o maior complexo de atenção à saúde pública do Nordeste. “Nessa perspectiva, o Centro Materno-Infantil e Adolescente do Piauí não vem apenas preencher uma lacuna, muito embora reconheçamos que ela existe, mas se propõe, sobretudo, a alavancar um projeto de saúde pública em acordo com aquilo que recomenda o SUS, gerando condições efetivas de uma atenção universal e integral operacionalizada através de uma rede resolutiva e verdadeiramente hierarquizada”, afirma o secretário.
Direito de nascer na minha terra
Para garantir a todo cidadão piauiense o direito de ser natural do lugar onde possui raízes e família foi criado o projeto “Direito de Nascer na minha Terra”. “Esse projeto é mais uma iniciativa pioneira que visa não apenas ser mais um instrumento de organização da rede hospitalar do Estado, como também garantir o direito a cidadania plena de mães e filhos”, diz o governador Wellington Dias.
Ao todo são 46 cidades do interior do Estado que devem ser contempladas com a construção e/ou reformas das Unidades Básicas Avançadas de Saúde - UBAS.
A implantação de Unidades Básicas Avançadas de Saúde é mais um passo na consolidação da Atenção Básica à Saúde no Estado já que, além do parto humanizado, essas Unidades devem oferecer procedimentos próprios do nível de atenção primária, como serviços de odontologia, imunização, inalação, curativos e suturas, posto de enfermagem, entre outros.
Entre os requisitos definidos para que os municípios possam ser beneficiados com as unidades, são aqueles que não possuam Unidade Mista de Saúde ou Hospital de Pequeno Porte; os que têm baixo IDH (igual ou inferior a 0,7) e ainda os municípios com população entre mil e 10 mil habitantes.
As Unidades Básicas Avançadas de Saúde têm um diferencial em relação às demais, pois além de incorporar aqueles procedimentos próprios e característicos da atenção primária, elas vão estar estruturadas para garantir a assistência da mulher ao parto natural. “Esta unidade vai estar equipada também para assegurar que aquela gestante que tenha qualquer complicação durante sua gestação, possa se deslocar para uma unidade de saúde de referência. Para isso, o projeto prevê não só a construção e os equipamentos, mas também uma unidade móvel para transferir os pacientes naquelas situações em que o atendimento realizado requeira uma atenção mais especializada”, explicou a diretora de planejamento da secretaria da Saúde, Ana Maria Eulálio.
A proposta é que todos os municípios do Piauí tenham unidades de saúde equipadas e estruturadas em condições de viabilizar para a população o direito de nascer na sua própria terra.
A construção das unidades se configura como uma estratégia estadual para o fortalecimento da atenção básica.