Janaína mora na comunidade Caraíbas localizada a 12km de Batalha, mas para fazer a fisioterapia do filho Fábio, 2 anos, que tem paralisia cerebral o que compromete o seu sistema motor, ela era obrigada a se deslocar para Piracuruca. A partir de hoje, 23, Janaína, não precisará mais ir para tão longe tratar de Fábio. Inaugurada na manhã desta quinta-feira, a Clínica de Fisioterapia farmacêutico Raimundo Nonato Lopes, vai atender a população com deficiência física e/ou motora do município de Batalha. A Clínica é a 16ª a compor a Rede Estadual de Reabilitação, que vai contar com 34 unidades de diversos níveis de complexidade distribuídas pelo interior e capital. O objetivo é cobrir todo o território piauiense com tratamento especializado a partir das cidades pólos. A rede de reabilitação física é resultado de uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde, Seid e o Ministério da Saúde, baseada nas políticas de saúde para pessoa com deficiência. A rede visa oferecer às pessoas com deficiências, serviços hierarquizados e regionalizados com base nos princípios da universalidade e integralidade das ações de saúde, obedecendo assim ao plano diretor de regionalização do Estado. Na Clínica de Reabilitação de Batalha, o governo investiu R$ 129.094,64 deste montante R$ 111.090,14 são recursos do Estado e o restante são provenientes de convênio com o Ministério da Saúde. O centro vai garantir atendimento a 1.395 pessoas com deficiência física e/ou motora do município de Batalha. O secretário da Saúde, Assis Carvalho, aproveitou a oportunidade para lembrar sobre a questão do trânsito, já que os acidentes, principalmente envolvendo motos, são responsáveis por uma boa parte dos atendimentos de saúde e isso inclui a fisioterapia. “Melhor do que reabilitar é evitar que o paciente precise do tratamento. É cuidar de forma preventiva da saúde do cidadão”, destacou. A clínica vai garantir o tratamento às pessoas em sua própria região, evitando assim os deslocamentos para a capital. “A descentralização do atendimento é o grande diferencial desse projeto. Criando serviços de referência em cidades pólos de acordo com o que preconiza o Ministério da Saúde. Antes desse Governo não existia atendimento terapêutico nessa área de atenção à saúde da pessoa com deficiência”, lembra Rejane Dias. Já foram inaugurados os Centros de Água Branca, Buriti dos Lopes, Castelo do Piauí, Esperantina, Itaueira, Jaicós, José de Freitas, Pedro II, Paulistana, São João do Piauí, São Pedro do Piauí, Campo Maior, Altos e Picos (média complexidade). Fazem parte da rede, ainda, com sede em Teresina, a Clínica de Fisioterapia do Hospital Getúlio Vargas, que faz média complexidade dentro da Rede de Reabilitação, e o CEIR, que faz atendimento multidisciplinar em alta complexidade. “Destaco que estaremos inaugurando, ainda este mês, as clínicas de fisioterapia nas cidades de Luiz Correia e Fronteiras”, a secretária Rejane Dias. Homenagem - A Clínica de Fisioterapia da Batalha ganhou o nome de Raimundo Nonato Lopes. Seu Dico Lopes, como era conhecido, era farmacêutico, e ajudou muita gente a se curar em uma época em que Batalha não possuía um sistema de saúde organizado. Seu Dico também era deficiente físico. “Uma homenagem merecida a uma pessoa que fez muito pelo cidadãos do município de Batalha”, conta o prefeito Amaro Melo que entregou uma placa com homenagem a viúva do farmacêutico, Ressú Machado Lopes. Por Sana Moraes