MINISTÉRIO DA SAÚDE 1 O Ministério da Saúde informa que recebeu, nesta tarde de domingo (10), o resultado de 20 exames laboratoriais para detecção do vírus influenza A (H1N1). Destes, 18 foram descartados e dois casos foram confirmados. Ao todo, são agora oito casos confirmados no Brasil, sendo 6 com vínculo de viagens internacionais e dois autóctones (dentro do território nacional). 2 Um dos casos confirmados neste domingo é do Rio de Janeiro. Com este, somam três os pacientes infectados pelo vírus no Estado, sendo dois de transmissão autóctone. 2.1 Esses dois casos de transmissão autóctone estão fortemente vinculados ao primeiro, que contraiu a doença no México. Desse modo, até o momento, o Ministério da Saúde ratifica que a transmissão do vírus no Brasil permanece limitada, sem evidência de transmissão sustentada. 2.2 O novo caso estava sob monitoramento, devidamente orientado, e procurou os serviços de saúde imediatamente após ter apresentado os primeiros sintomas. Foi internado, tratado e encontra-se em quadro clínico estável. 2.3 As vigilâncias epidemiológicas do Estado e do município do Rio de Janeiro informaram que cumprem rigorosamente o Protocolo de Procedimentos para o Manejo de Casos e Contatos de Influenza A (H1N1) e o Protocolo de Notificação e Investigação de Casos e Contatos, e, já dispondo da lista de contatos desses casos, vêm mantendo-os orientados e sob monitoramento. Ainda estão sendo acompanhadas 70 pessoas que tiveram contato com os três pacientes do Rio de Janeiro. Nenhuma dessas pessoas, até o momento, apresenta sintomas. Cerca de 40 contatos já foram descartados. 3. O outro caso confirmado é do Rio Grande do Sul. Esteve em vários países europeus (Alemanha, República Checa, Hungria, Áustria, Itália e Espanha), antes de voltar ao Brasil. Apresentou os primeiros sintomas, leves, em 3 de maio, na Itália. Viajou no mesmo dia para Madri (Espanha), onde embarcou no dia seguinte para o Brasil. Procurou o serviço de saúde e foi notificada no dia 7. Passa bem. 3.1 O Ministério da Saúde ressalta que, no dia de seu desembarque, estavam em pleno funcionamento às medidas adequadas para o alerta dos viajantes, como: avisos sonoros nas aeronaves e nos saguões dos aeroportos, distribuição de panfletos nos desembarques e banners. 3.2 O Ministério da Saúde reitera que o governo brasileiro, assim como os demais países que registraram a presença do vírus, vem cumprindo rigorosamente as medidas de vigilância e monitoramento recomendadas pela Organização Mundial da Saúde, tomando todas as precauções indicadas para conter a doença, rastreando, monitorando e tratando os possíveis doentes. 4 Atualmente, sete países apresentam transmissão autóctone, ou seja: quando a transmissão ocorre dentro do próprio país. Desses, apenas dois têm transmissão sustentada: México e EUA. 5 Os países com transmissão autóctone limitada e não sustentada, até o momento, são: País: reino Unido Caso confirmado: 47 Caso Autóctone: 23 País: Espanha Caso confirmado: 95 Caso Autóctone: 09 País: Alemanha Caso confirmado: 11 Caso Autóctone: 02 País: Itália Caso confirmado: 09 Caso Autóctone : 02 País: Brasil Caso confirmado: 08 Caso Autóctone: 02 6 O Ministério da Saúde e as autoridades de saúde mantêm em pleno funcionamento o seu plano de contingência, com monitoramento nacional 24 horas por dia, disponibilização de cerca de 800 leitos em 54 hospitais e, estoque de 9 milhões de tratamentos. 7 Além disso, vem distribuindo 3,3 milhões de folders nos principais aeroportos, além de 3 milhões de folders e 400 mil cartazes para a rede de atendimento da rede pública. 8 O Ministério da Saúde ressalta o seu compromisso em manter a população brasileira bem informada e vem realizando uma série de ações nesse sentido. Até esta segunda-feira, terão sido veiculadas 240 inserções em televisões abertas do país, 228 inserções em televisões por assinatura, 5.079 inserções nas principais rádios das 27 capitais, 11 mil inserções no sistema de informação dos principais aeroportos do país e 150 inserções nos jornais de todo o país. 9 Finalmente, o Ministério da Saúde reforça a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) da necessidade de as autoridades sanitárias manterem o sigilo da identidade dos casos confirmados, suspeitos e em monitoramento, evitando estigma social a essas pessoas.