MINISTÉRIO DA SAÚDE
GABINETE PERMANENTE DE EMERGÊNCIAS
NOTA À IMPRENSA
Quarta-feira, 12/5/2009, às 13h
Ocorrências de casos humanos de influenza A (H1N1)
1. O Ministério da Saúde acompanha 37 CASOS SUSPEITOS de Influenza A (H1N1) no país. As amostras com secreções respiratórias desses pacientes estão em análise laboratorial.
2. Os casos suspeitos estão nos estados de São Paulo (14), Minas Gerais (7), Distrito Federal (4), Pernambuco (3), Rio de Janeiro (3), Alagoas (2), Ceará (1), Pará (1), Rio Grande do Sul (1) e Rondônia (1).
3. Além disso, 39 CASOS estão EM MONITORAMENTO, em 12 estados (Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo); e 188 foram DESCARTADOS.
4. Os números referem-se a informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde até as 9h30 desta quarta-feira. Todos os casos identificados após esse horário serão contabilizados no documento do dia seguinte.
5. Até o momento, foram confirmados oito casos da doença, nos estados do Rio de Janeiro (3), São Paulo (2), Minas Gerais (1), Rio Grande do Sul (1) e Santa Catarina (1).
6. Para todos os casos, estão sendo realizados busca ativa e monitoramento de todas as pessoas que estabeleceram contato próximo com esses pacientes.
7. O Ministério da Saúde considera que não há evidências de sustentabilidade da transmissão de pessoa a pessoa do vírus A (H1N1), tendo em vista ter sido detectado somente dois casos de transmissão autóctone (dentro do território nacional), ambos com vínculo epidemiológico com o caso índice procedente do México. Desse modo, até o momento, os Estados brasileiros com casos confirmados não devem ser considerados como áreas afetadas.
8. Atualmente, oito países apresentam transmissão autóctone, mas apenas dois de forma sustentada: Estados Unidos (3.009 casos) e México (2.282). Os outros países com transmissão autóctone não sustentada são Reino Unido (37 casos), Panamá (10), Espanha (9), Alemanha (2), Brasil (2) e Itália (1).
9. As amostras dos pacientes considerados suspeitos estão sendo analisadas nos laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro; do Instituto Adolf Lutz, em São Paulo ; e do Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA). Esses são os três laboratórios de referência do Ministério da Saúde para a realização dos exames que vão confirmar ou descartar casos de Influenza A (H1N1) no país.
10. São considerados CASOS SUSPEITOS:
a) Pessoa que apresentar febre alta de maneira repentina (acima de 38ºC) E tosse, podendo estar acompanhadas de algum dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dificuldade respiratória; E ter apresentado sintomas até 10 dias após sair de países que reportaram
casos pela Influenza A (H1N1);
OU
b) Ter tido contato próximo*, nos últimos 10 dias, com uma pessoa classificada
como caso suspeito de infecção humana pelo novo subtipo de Influenza
A (H1N1).
* Para o Ministério da Saúde, contato próximo é a pessoa que cuida, convive ou teve contato direto com secreções respiratórias ou fluidos corporais de um caso suspeito.
11. São considerados casos EM MONITORAMENTO:
a) Pessoas procedentes de país(es) afetado(s), com febre não medida E tosse, podendo ou não estar acompanhada dos demais sintomas referidos na definição de caso suspeito;
OU
b) Viajantes procedentes de voos internacionais, nos últimos 10 dias, de país(es) não afetado(s) E apresentando os sintomas de acordo com definição de caso suspeito.
12. São considerados países afetados aqueles com casos confirmados e divulgados pelos governos ou pela Organização Mundial de saúde (OMS). Até a divulgação deste boletim, a OMS reconhecia a existência de casos suspeitos em 33 países: Estados Unidos, México, Canadá, Espanha, Reino Unido, Panamá, França, Alemanha, Itália, Costa Rica, Brasil, Israel, Nova Zelândia, Japão, El Salvador, Coréia do Sul, Holanda, Colômbia, China, Guatemala, Suécia, Noruega, Áustria, Dinamarca, Irlanda, Portugal, Suíça, Polônia, Austrália, Argentina, Tailândia, Finlândia e Cuba.
13. O Ministério da Saúde e as autoridades de saúde mantêm em pleno funcionamento o seu plano de contingência, com monitoramento nacional 24 horas por dia, disponibilização de cerca de 800 leitos em 54 hospitais e estoque de 9 milhões de tratamentos.
14. NÃO É RECOMENDADO que a população tome medicamentos por conta própria, pois a automedicação pode mascarar ou atenuar sintomas, além de provocar resistência ao medicamento específico para influenza. Se as pessoas sentirem alguns dos sintomas, devem procurar um serviço de saúde imediatamente.
15. Sobre a comunicação, o Ministério da Saúde ressalta o seu compromisso em manter a população brasileira bem informada e vem realizando uma série de ações nesse sentido, desde 25 de abril, um dia após a OMS ter dado o alerta internacional sobre a doença:
3,3 milhões de folders trilíngues (português, inglês e espanhol) foram distribuídos nos 67 aeroportos do país.
11 mil avisos sonoros foram veiculados no sistema de informação desses aeroportos.
Foi recomendado às companhias aéreas que operam voos internacionais tendo o Brasil como origem ou destino que as tripulações devem orientar os passageiros, ainda durante o voo, sobre sinais e sintomas da influenza A (H1N1).
400 mil cartazes foram encaminhados à rede de atendimento de saúde pública.
Nos veículos de comunicação, foram 240 inserções em televisões abertas do país, 228 inserções em televisões por assinatura, 5.079 inserções nas principais rádios das 27 capitais e 150 inserções nos jornais de todo o país.
A população tem acesso pelo Disque Saúde (0800 61 1997) a esclarecimentos sobre a doença.
Na internet, foi disponibilizado um site especial sobre a doença, com link no portal www.saude.gov.br.
Foi patrocinado um link no site de pesquisa Google, para que páginas do portal do Ministério da Saúde sejam as primeiras opções de resposta para os internautas que buscam informações sobre o tema.
16. Finalmente, o Ministério da Saúde reforça a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) da necessidade de as autoridades sanitárias manterem o sigilo da identidade dos casos confirmados, suspeitos e em monitoramento, evitando estigma social a essas pessoas.