O II Seminário da Doença Falciforme do Estado do Piauí termina hoje, 15. O evento é uma parceria entre a Secretaria da Saúde e a Universidade Federal do Piauí, através do núcleo de estudos em anemia falciforme e outras hemoglobinopatias. O objetivo principal é articular a integração das ações em relação à doença no Piauí. O seminário mostra as perspectivas da pesquisa na área e a discussão tanto dos fatores laboratoriais e o controle social. Discute também, a implantação da segunda fase do teste do pezinho, que identifica diversas hemoglobinopatias entre elas, a anemia falciforme. Cerca de 150 pessoas participam do seminário, entre profissionais de saúde, professores e representantes de movimentos sociais, além das comunidades quilombolas. “Após a pesquisa realizada, com ênfase em comunidades quilombolas, descobrimos que há muitos casos de anemia falciforme no Estado além do imaginável, por isso esse seminário também discute a implantação da fase II do teste do pezinho, a forma mais acessível de diagnostico precoce para a população” pontua o professor Leonardo Soares, coordenador do seminário e do núcleo de estudos de Anemia Falciforme da Ufpi. A anemia falciforme é uma doença do sangue e ocorre quando as hemácias possuem a forma de foice, dificultando o transporte de oxigênio no sangue. È uma doença hereditária muito comum no Brasil. Há ocorrência maior em pessoas negras, mas no País há muitos casos devido à miscigenação. Embora a doença apresente sintomas diversificados, pode se manifestar com dores nas articulações e inchaço de mãos e pés das crianças. No Piauí, a cada 52 mil crianças que nascem 0,5% possuem a anemia falciforme, e 6,2% tem apenas o traço genético, onde a doença não pode se desenvolver.