Mais de R$ 10 milhões já foram investidos na construção de centros de Fisioterapia voltados para a reabilitação de pessoas com deficiência física e motora. Ontem, 25, a Secretaria da Saúde e a Seid (Secretaria Estadual para a Integração da Pessoa com Deficiência) entregaram o 17º Centro, na cidade de Fronteiras. Somente nesse município foram investidos mais de R$ 138 mil, recusos do Ministério da Saúde e do Tesouro Estadual.
A Rede Estadual de reabilitação vai contar com 33 centros de níveis de complexidade diferenciados, visando aumentar a resolutividade do sistema de saúde na área da reabilitação física e motora. “Esse projeto tem em sua essência a descentralização do serviço de reabilitação, proporcionando assim uma maior comodidade aqueles que precisam de fisioterapia”, ressaltou a secretária Rejane Dias.
O Centro será referência para o tratamento de 2.575 dos municípios de Fronteiras, Caldeirão Grande do Piauí, Pio IX, São Julião e Vila Nova do Piauí. Rejane Dias aproveitou a oportunidade para pedir o emprenho das prefeituras em transportar esses pacientes para que eles possam ter acesso ao tratamento.
O agricultor Miguel Gomes, 76 anos, compareceu a inauguração para conhecer as instalações e ficou muito contente porque não mais precisar levar a esposa até Picos, que fica a mais de 100km de Fronteiras para fazer fisiterapia. “Esse centro veio no momento certo, porque minha esposa sofreu um acidente estava recebendo tratamento médico na cidade de Picos, mas agora ela vai continuar o tratamento aqui mesmo”, disse.
“Para muitos essa pode parecer uma obra simples, com equipamentos e estrutura simples, mas é de uma grandiosidades sem tamanho para as pessoas que precisam de reabilitação e não precisarão se descolar mais tantos quilômetros para ter acesso ao tratamento que será oferecido gratuitamente pelo SUS a partir de agora em Fronteiras”, afirmou o secretário da Saúde, Assis Carvalho.
Ele também chamou a atenção da população para o transito, responsável pela maioria dos atendimentos na área de reabilitação, principalmente física e neurológica. “No interior a imprudência dos condutores de veículos é maior ainda do que na capital. As pessoas andam sem capacete e sem sinto de segurança. Os acidentes, principalmente envolvendo motocicletas, ocorrem com freqüência. Quando não há mortes, essa imprudência pode deixar seqüelas graves e a maioria dessas pessoa recorre ao SUS para tratamento”, lembrou Assis Carvalho.
Até o final do ano, as secretarias de Saúde e Seid pretendem finalizar a construção dos centros e assim iniciar um novo convênio com o Ministério da Saúde.
A inauguração do Centro de Fisioterapia de Fronteiras teve a participação do governador Wellington Dias, do vice-governador Wilson Martins, dos secretários Flávio Nogueira, Robert Rios e Antônio Neto e do deputado Cícero Magalhães.
Por Sana Moraes