O Piauí tem 1.325 estabelecimentos da Atenção Básica e 1.088 Equipes Saúde da Família, 7.719 leitos de internação do SUS, 1 hospital de referência com 7 leitos de UTI
O Brasil conta com uma estrutura de saúde significativa para enfrentar a pandemia de influenza A (H1N1). Além das 68 unidades de referência preparadas para dar assistência a pacientes graves e com fatores de risco, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem 368 mil leitos de internação nos 5,9 mil hospitais credenciados e 42.412 estabelecimentos de atenção básica. Nos hospitais de referência, há 1.978 leitos de UTI para prestar assistência aos pacientes.
Entre as unidades de atenção básica destacam-se os postos de saúde, os centros de saúde, as unidades mistas e as unidades móveis fluviais (veja abaixo). Desse total de estabelecimentos, 24.378, isto é, 57,47% têm equipes de saúde da família (ESF), atuantes na promoção de saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e na manutenção da saúde da comunidade. O país tem 30 mil ESF, responsáveis por uma cobertura populacional que ultrapassa 90 milhões de pessoas.
O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (MS), Alberto Beltrame, destaca que, com a confirmação de transmissão sustentada realizada no dia 16 de julho no Brasil (o que significa que há circulação do vírus entre pessoas sem vínculo com quem esteve no exterior), a população passou a contar com a estrutura de toda a rede de saúde existente para ter acesso à assistência. Seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a preocupação é evitar o agravamento da enfermidade e a ocorrência de óbitos.
Para Beltrame, a existência do SUS é o diferencial do Brasil no enfrentamento do novo vírus A (H1N1). “A primeira fase foi a de contenção. Agora, com a transmissão sustentada, passamos a contar com toda a atenção básica e todos os hospitais de país, que têm uma estrutura enorme. O MS está absolutamente seguro de que a rede disponível tem capacidade para atender a população”, afirma o secretário.
ESTOQUE DE MEDICAMENTOS – O Ministério da Saúde tem medicamento suficiente para enfrentar a pandemia de influenza A (H1N1). Há matéria-prima para produção de 9 milhões de tratamentos de fosfato de oseltamivir (cada um com 10 cápsulas), conhecido como Tamiflu.
Além disso, no dia 21 de julho, o governo federal recebeu um lote de 50 mil tratamentos. Outros 150 mil tratamentos produzidos por Farmanguinhos começam a ser distribuídos em agosto. Até o fim de setembro, mais lote de 800 mil tratamentos adquiridos pelo MS chegará aos depósitos federais. Sendo assim, nos próximos dois meses, o governo federal terá um milhão a mais de medicamentos disponíveis.
AUTOMEDICAÇÃO - O MS reitera a importância de a população não se automedicar. O uso indiscriminado do antiviral para todos os casos de gripe pode tornar o novo vírus A (H1N1) resistente ao medicamento, isto é, diminuir sua eficácia no tratamento da doença. Países como Hong Kong, Japão, Dinamarca e Canadá já registraram casos de resistência ao fármaco.
De acordo com o Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza do Ministério da Saúde, apenas os pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas, desde o início dos sintomas, e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave serão medicados com o fosfato de oseltamivir.
O grupo de risco é composto por idosos, crianças menores de dois anos, gestantes, pessoas com diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, deficiência imunológica (como pacientes com câncer, em tratamento para AIDS), pessoas com obesidade mórbida e também com doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como anemia falciforme.
São estabelecimentos de atenção básica:
Posto de Saúde: Unidade destinada à prestação de assistência a uma determinada população, de forma programada ou não, por profissional de nível médio, com a presença intermitente ou não do profissional médico.
Centro de Saúde: Unidade para realização de atendimentos de atenção básica e integral a uma população, de forma programada ou não, nas especialidades básicas, podendo oferecer assistência odontológica e de outros profissionais de nível superior. A assistência deve ser permanente e prestada por médico generalista ou especilistas nestas áreas. Podendo ou não oferecer: SADT e Pronto atendimento 24 Horas.
Unidade Mista: Unidade de saúde básica destinada à prestação de atendimento em atenção básica e integral à saúde, de forma programada ou não, nas especialidades básicas, podendo oferecer assistência odontológica e de outros profissionais, com unidade de internação, sob administração única. A assistência médica deve ser permanente e prestada por médico especialista ou generalista. Pode dispor de urgência/emergência e SADT básico ou de rotina. Geralmente nível hierárquico 5.
Unidade Móvel Fluvial: Barco/navio equipado como unidade de saúde, contendo no mínimo um consultório médico e uma sala de curativos, podendo ter consultório odontológico.
Fonte: Agência Saúde