O Ministério da Saúde elaborou material sobre prevenção de Influenza A (H1N1) específico para a atenção primária, principalmente, as equipes de saúde da família. A partir de agora, eles contam com recursos importantes para o combate à nova gripe: um guia de bolso; um fluxograma de atendimento ao paciente com suspeita de infecção; um cartão de acompanhamento ambulatorial; e um documento com diretrizes para o enfrentamento da pandemia. As orientações de atendimento de pacientes com gripe e os cuidados necessários para conter o avanço da doença pela atenção primária à saúde podem ser acessados na página http://dtr2004.saude.gov.br/dab/influenza.php, dentro do Portal Saúde.
O guia de bolso apresenta, de forma objetiva, temas como fatores de risco para agravamento do quadro de saúde, sintomas da doença, cuidados a serem tomados pela família e prescrição de medicamentos. O fluxograma de atendimento orienta sobre as medidas a serem tomadas desde o acolhimento ao paciente na unidade de saúde até o encaminhamento para a internação, caso seja necessário.
A proposta é que os profissionais das equipes de saúde da família tenham esses materiais sempre em mãos para a tomada de decisões clínicas. “Com essas orientações, esperamos agilizar e qualificar o atendimento de pacientes com sintomas de gripe pelas equipes de saúde da família, além de reforçar as medidas de prevenção junto à população”, destaca a diretora do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Claunara Mendonça.
O cartão de acompanhamento ambulatorial, por sua vez, deve ser entregue aos pacientes com sintomas de gripe e oferece dicas sobre como evitar a contaminação e quando procurar um médico. Por último, o documento com as diretrizes para o enfrentamento da pandemia explica detalhadamente o início da transmissão da doença no mundo, as formar de contágio e o tratamento da doença.
Entre as medidas recomendadas destacam-se a higienização frequente das mãos, com água e sabão ou solução alcoólica, e a utilização de lenço descartável para higiene nasal. O documento também oferece explicações sobre utilização de máscara cirúrgica e de equipamentos de proteção individual (EPI).
GUIAS DE BOLSO - Preocupado com a atualização constante dos profissionais de saúde de todo o Brasil, o Ministério também colocou em sua página na internet (www.saude.gov.br), na seção “Influenza”, outros dois guias de bolso em formato de folder voltados para todos os profissionais de saúde. A diferença, nesse caso, é que eles são voltados não apenas para as equipes de saúde da família, mas para os profissionais de saúde em geral. O primeiro orienta sobre as medidas de prevenção contra a influenza A (H1N1).
O segundo ensina a identificar o caso de doença respiratória aguda grave e aborda temas como o período de transmissão do vírus, as condutas para detectar a infecção, os fatores de risco que favorecem o agravamento do quadro e as medidas de controle da nova gripe. Segundo o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Francisco Campos, a publicação dessas informações na internet busca facilitar o trabalho dos profissionais de saúde em todo o país. “Queremos que eles tenham acesso rápido ao material para a tomada das decisões clínicas no caso da gripe A (H1N1)”, disse o secretário.
SAIBA MAIS SOBRE O SAÚDE DA FAMÍLIA
O Brasil tem 29.678 equipes de saúde da família, responsáveis pelo atendimento de mais de 94,5 milhões de pessoas em todo o país, o equivalente a 50% da população. Elas integram a Estratégia Saúde da Família do Ministério da Saúde, criada em 1994 para atendimento de atenção primária à saúde. A equipe é formada, no mínimo, por um médico, um enfermeiro, um técnico de enfermagem e entre quatro e 12 agentes comunitários de saúde. Quando ampliada, a equipe conta ainda com um dentista, um auxiliar de consultório dentário e um técnico em higiene dental.
Cada equipe é responsável pelo acompanhamento de 3 mil a 4 mil pessoas ou de mil famílias. Entre as ações do grupo, destacam-se as visitas domiciliares. Devido à proximidade com a comunidade, os profissionais podem desenvolver ações estratégicas para conter o avanço da influenza A (H1N1).
Fonte: Agência Saúde