O curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica que vai capacitar enfermeiros que são servidores públicos efetivos para realizarem partos de baixo risco, foi aberto, hoje, 19, na Maternidade Evangelina Rosa. São 48 profissionais que trabalham na atenção básica ou assistência hospitalar nos municípios onde serão implantadas as unidades básicas avançadas de saúde (UBAS), nos hospitais de pequeno porte, na Maternidade Evangelina Rosa e também professores da disciplina Saúde da Mulher da Universidade Estadual. Para participar do curso, o profissional deve ser e se comprometer a prestar os serviços no seu município de origem, no tempo equivalente ao investimento da especialização. O secretário Assis Carvalho disse que o Projeto “Direito de Nascer na Minha Terra” vai levar o serviço de saúde mais próximo das mulheres que precisam de um ambiente aconchegante e seguro para que o parto aconteça de forma adequada e menos traumatizante para a mãe. “Elas vão poder parir na cidade onde moram. O nosso maior desafio para esse projeto são os recursos humanos, que esperamos suprir com a oferta de cursos especializados como este”, disse o secretário. Para operacionalizar o Projeto “Direito de Nascer na Minha Terra” estão sendo construídas 53 Unidades Básicas Avançadas de Saúde – UBAS, assim como a reforma de outras 20. “Estamos melhorado as estruturas regionais, como em Floriano que será referência no tratamento materno infantil para cinco territórios do Piauí. A enfermeira, Lucimar Ramos, afirmou que em outro países a profissão é muito valorizada. “Na Inglaterra, 77% dos partos são acompanhados por enfermeiras obstetras. E no Piauí, com certeza, esses profissionais vão modificar os indicadores de saúde do Estado”, afirmou Lucimar Ramos da Universidade Federal do Piauí, acrescentando que para este curso foram escolhidas 48 profissionais de todas as regiões do Piauí. O diretor da Maternidade Evangelina Rosa disse que iniciativas como estas são formar eficazes de reduzir a mortalidade infantil e materna. “As mulheres não deveriam morrer de parto. Se isso acontece é porque houve falhas em todo o processo do pré-natal”, disse. Ele também afirmou que será um privilégio transformar a Maternidade em uma casa de parto normal. Para a técnica do Ministério da Saúde, Luciana Bordinoski, o Estado de estar focado no pacto pela redução da mortalidade infantil. “Nós temos que estar comprometidos com essa mudança no cenário nacional realizando ações concretas para cumprir o pacto”, frisou. Já a coordenadora estadual de atenção à saúde da mulher, Auzenir Moura Fé, destacou a importância do papel do profissional de enfermagem no Projeto “Direito de Nascer na Minha Terra”. “O curso vai abrir oportunidades para que os enfermeiros e enfermeiras possam exercer a sua função com segurança e assim poder contribuir para a redução dos indicadores de morbi-mortalidade”. O curso tem duração de oito meses (com carga horária de 720 horas/aulas), com aulas na Universidade Federal do Piauí e estágio na Maternidade Evangelina Rosa, por meio do convênio entre a Secretaria de Estado da Saúde, Universidade Federal do Piauí e Ministério da Saúde. E vai “contribuir para o fortalecimento do projeto "Direito de nascer na minha terra", lançado para garantir aos piauienses o direito de nascer nos municípios do interior”, informa o secretário de Saúde, Assis Carvalho. Por Sana Moraes e Antonia Dias