Já virou rotina encontrar pelas ruas profissionais de saúde vestindo jaleco. O que pode parecer normal é perigoso, já que o uso inadequado da roupa fora do expediente do trabalho faz com que 90% das bactérias resistam por até 12 horas na vestimenta. É o que alerta a Diretoria Estadual de Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual de Saúde.
Para impedir essa proliferação de doenças e proteger a população e os próprios profissionais de saúde, a Divisa orienta que o jaleco seja usado exclusivamente no ambiente de trabalho. “O jaleco é um depósito de agentes biológicos altamente infectantes, carrega vírus e bactérias e as pessoas que o usam fora do ambiente próprio, pode ser responsável por disseminar patologias”, explica Tatiana Chaves, diretora da Divisa.
Ela chama atenção para a Norma Regulamentadora Nº 32, do Ministério da Saúde, que define os critérios para o uso desse instrumento de trabalho. “A Comissão Estadual de Controle de Infecção vem promovendo ações com o objetivo de diminuir o risco e reduzir os índices de infecção hospitalar e esse procedimento é um dos mais importantes”, ressalta Tatiana.
A diretora ressalta ainda que o jaleco é usado por profissionais da área da saúde para protegê-los da contaminação dos ambientes em que geralmente trabalham como hospitais e laboratórios. “Quando o profissional vai sair do seu local de trabalho a primeira atitude a ser tomada é tirar essa vestimenta e colocá-la em um saco plástico. A roupa vai, então, para a lavagem”, diz.
Nesse sentido, a Divisa vai apresentar a Secretaria Estadual de Saúde uma proposta para regulamentação da vestimenta. “A regulamentação vai garantir a obrigatoriedade do uso da vestimenta de forma exclusiva no local de trabalho. Assim, o profissional fica protegido e evita a contaminação cruzada, ou seja, impede que a pessoa possa ser contaminada por algum material biológico dentro do ambiente de saúde e também evita que o profissional leve algum agente contaminante externo para esses locais”, alerta Tatiana Chaves.