Para diminuir o risco de uma epidemia de dengue no Piauí, a Secretária Estadual de Saúde, Lílian Martins, esteve reunida na manhã desta quarta-feira (12), com os técnicos da Vigilância de Saúde para definir as estratégias de curto e médio prazo envolvendo todos os setores do Estado e da sociedade. A reunião se baseou no mapa nacional da dengue em 2011 divulgado pelo Ministério da Saúde, que coloca o Piauí e mais 15 unidades da federação como um estados de alto risco de epidemia. Segundo Telma Evangelista, diretora da Vigilância e Atenção à Saúde, as ações estão sendo pensadas tendo como base o tripé vigilância, hospitais e população. “Essas três instâncias são essenciais para que haja um enfrentamento da doença. A Vigilância, tanto ambiental, sanitária e epidemiológica, atua diretamente na fiscalização e verificação da infestação predial. A rede hospitalar age diretamente com os pacientes já infectados e orientando os possíveis casos de infecção e, a população, por sua vez, precisa mobilizar-se na prevenção da doença, tomando as precauções cabíveis”, afirma. Em 2010, foram 8.515 casos notificados de dengue no Piauí. Esse número representa um aumento de 42,9% em relação aos casos de 2009. Dentro do Estado, existem ainda 43 municípios na lista de prioridade para o controle da dengue, o que significa um risco acima da média comparado ao resto do Piauí. Teresina, Picos, Floriano e Parnaíba figuram nessa lista. Dentre as estratégias já traçadas para esse início de 2011 está a visita de técnicos da Vigilância às instituições públicas e privadas de ensino superior da capital. A ideia, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), é que os técnicos aproveitem os primeiros dias letivos para distribuir material explicativo e trabalhar na conscientização da importância da população nessa luta. Esse ano, além de ações mais intensas nos municípios prioritários, será dado um foco especial às crianças. “Em regiões como a nossa, em que há uma repetição da incidência de casos de dengue ano após ano, há o que chamamos de esgotamento de suscetíveis. Isso significa que grande parte dos adultos já contraiu a doença e, portanto, está imune. As crianças, por sua vez, estão mais expostas justamente pela pouca idade, configurando-se como vítimas de alta potencialidade”, explica Telma Evangelista. Dados do Ministério da Saúde apontam que 80% dos focos de dengue estão dentro das residências e que o lixo mal acondicionado, como pneus e garrafas, representam o maior problema no combate à doença. A recomendação é que aos primeiros sintomas da doença seja procurado o posto de saúde mais próximo. Fonte: www.piaui.pi.gov.br