Além de ofertar todos os tratamentos com profissionais capacitados para a reabilitação de pessoas com deficiência, o Centro Integrado de Reabilitação -Ceir- confecciona e fornece aparelhos ortopédicos sob prescrição para pacientes portadores de alterações no corpo (tronco, membros superiores ou inferiores).Em pouco mais de um ano de funcionamento,a oficina já atendeu mais de 7mil pacientes.
Criada em março de 2009, a oficina funciona no prédio da Ceir e conta com equipamentos de alta tecnologia e de última geração, o que permite a produção de órteses e próteses mais leves e confortáveis.
Os produtos, financiados pelo Sistema Único de Saúde, são divididos em dois grupos: prótese, o aparelho que substitui um segmento do corpo, e órtese , aparelho que auxiliam um órgão ou função deficiente.
Para adquirir uma prótese, o paciente precisa ser encaminhado pelo SUS. "O médico preenche a ficha de inscrição disponível no hospital ou unidade de saúde e encaminha para a Secretaria de saúde, que autoriza a confecção do material" . Explica o superintendente multiprofissional, Aderson Luz
Autorizada a confecção, o paciente deve comparecer ao Ceir para identificar as medidas. Dentro do prazo de pelo menos dois meses, o beneficiado receberá sua prótese personalizada, além do acompanhamento médico para adaptação.
Qualquer cidadão piauiense tem direito a prótese, desde que seja encaminhada pelo médico. Francisco Rodrigues de Sousa, de 53 anos é um desses beneficiados. Em abril de 2009, o autônomo sofreu um acidente de moto e teve que amputar a perna. Após fazer a inscrição no Ceir, acompanha a confecção e participa do processo de adaptação com a prótese.
O processo de adaptação é realizado na própria oficina e tem acompanhamento médico. Ao fazer as provas de encaixe, o beneficiário tem três horas de caminhada para perceber a necessidade ou não de alguns ajustes. Esse processo tem duração de acordo com o desempenho de cada paciente.
De acordo com o coordenador da oficina, Paulo André, tem paciente que leva uma semana, e outros que em algumas horas já consegue caminhar sem dificuldades. " Temos casos em que apenas uma hora a mulher conseguiu andar sem dificuldades, também tivemos casos em que o paciente levou mais de uma semana. Depende de cada usuário. Recomendamos que todos façam acompanhamento com fisioterapeuta, disponível também pela Ceir ", afirmou Paulo André.
O único instrumento que não é confeccionado na oficina do Centro e que por isso tem a entrega um pouco mais demorada é a cadeira de rodas; que são encomendadas na Ceid e produzidas no sul do Brasil (Rio Grande so Sul) também sob medidas.
"Antes, era fornecido uma cadeira padrão, de modelo único para todos os usuários. Desde a criação do Centro, essas cadeiras são feitas sob medidas e de acordo com a necessidade de cada cadeirante. Ela já vem pronta e embalada para entrega", explicou Aderson.
O Ceir entra em contato com o paciente em todo o processo de confecção, acompanhamento e entrega. Quem mora no interior tem a intercessão da secretaria municipal de saúde.