O primeiro Fórum Estadual de Hanseníase acontece nessa sexta-feira (04) no auditório do antigo Cefet, e inclui na sua programação uma Conferência Magna que apresentará os procedimentos necessários para diferenciar a hanseníase recidiva e a reação no tratamento.
Segundo a dermatologista Ana Lúcia França, que ministrará a palestra, o equívoco no diagnóstico ocorre inclusive por parte dos profissionais de Saúde, quando alguns pacientes durante o tratamento apresentam reações que são confundidas com a volta da doença. Ana Lúcia afirma que essas reações estão ligadas à adaptação do sistema do paciente. “30% dos pacientes voltam a apresentar manchas na pele e dores nos nervos, o que leva alguns profissionais a confundir com a recidiva, quando na realidade pode ser apenas reação do sistema imunológico”, explicou a doutora especialista em hanseníase no estado.
A médica explica que essas reações são divididas em dois tipos. Um, caracterizado por mancha na pele e dores nos nervos, enquanto na do tipo 2 o paciente apresenta nódulos, caroços e mal estar.
Ana Lúcia França faz questão de reiterar que a hanseníase é um problema de saúde pública e seu plano de controle está entre as ações de relevância nacional. A doença tem cura e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo Governo através do SUS. No Piauí, o programa estadual de controle da Hanseníase encontra-se implantado nos 224 municípios do Estado.
O Fórum Estadual de Hanseníase acontecerá durante toda a sexta-feira (04), no auditório do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí (antigo Cefet), e contará com a apresentação de trabalhos sobre a doença, além da certificação dos municípios que alcançaram os melhores indicadores no combate e tratamento da doença em 2010.