Há três anos, seis municípios do Piauí estão sem registrar novos casos de hanseníase. São eles: Sebastião Leal, Sigefredo Pacheco, Tamboril do Piauí, Tanque do Piauí, Várzea Branca e Vera Mendes. O que representa redução no Estado que ocupa a sétima colocação nacional em número de casos de hanseníase.
O assunto foi discutido na manhã desta sexta feira (04) durante o primeiro Fórum Estadual de Hanseníase, realizado pela Secretaria Estadual de Saúde, no auditório principal do Centro Federal de Educação Tecnológica. O evento reuniu representantes de todos os municípios piauienses.
Teresina é a cidade com o maior número de casos, seguida por Floriano e Parnaíba. De acordo com o coordenador municipal da hanseníase, Kelsen Dantas, o número de habitantes contribui para isso. “Teresina atende quase um terço da população do Piauí, além de pessoas de outros estados. É justificável que a quantidade de vítimas seja maior. Mas a Fundação Municipal trabalha para manter o controle da doença”, afirmou Kelsen.
O trabalho realizado pela Fundação Municipal de Saúde apresentou resultado positivo em relação às crianças. Em 2008 a cidade registrava 152 novos casos em menores de 15 anos. Em 2009, esse número reduziu para 99.
A coordenadora estadual de hanseníase, Lindalva Marques, afirma que o trabalho realizado pela Secretaria de Saúde é fundamental para manter o controle da doença no Estado. Segundo ela, uma das maiores dificuldades ainda é a informação.
“Muitos municípios ainda não se habituaram em enviar informações sobre a doença para a Secretaria, por isso ainda faltam algumas notificações para completar o relatório. A tendência é que há redução seja ainda maior”, declara.
Essas informações são passadas pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificações (Sinan). Onde o responsável pelo município passa as informações on line dos registros dos denominados, agravos compulsórios. Uma oficina sobre a utilização desse Sistema foi ministrada durante o Fórum pela técnica da Sesapi, Marcia Araujo.
O Fórum também registrou a participação da demartologista Ana Lucia França, especialista em hanseníase sendo inclusive conselheira do Ministério da Saúde. Ana Lúcia explicou a diferença entre hanseníase reicidivas e reações no tratamento da hanseníase.
O Fórum, que tem como tema “O Piauí de mãos dadas para o controle da hanseníase” segue no período da tarde com apresentação de experiências exitosas e pesquisas operacionais premiadas internacionalmente e a premiação dos municípios que apresentaram os melhores indicadores de controle da hanseníase em 2010.
Por Flalretta Alves