Por determinação do Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde está finalizando o cadastro dos locais de sepultamento em todo o estado. Até o momento, mais de cinco mil cemitérios já foram registrados.
A determinação do Ministério é baseada na última publicação do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) que apontou falha nos registros de óbitos do Brasil. De acordo com a publicação, mais de 10% da população declarada morta não tem documentação de óbito, problema recorrente devido a quantidade de cemitérios irregulares que recebem mortos sem a devida documentação. O Ministério da Saúde considera que essa falha interfere no planejamento das ações de saúde.
Para desenvolver as ações preventivas de saúde é fundamental conhecer a causa da morte. Em alguns municípios do Piauí, essas ações ainda são comprometidas justamente pelas irregularidades dos locais de sepultamento. É o que explica a coordenadora estadual de Análise e Divulgação de Tendências em Saúde, Zenira Martins. “Existe município que registra vinte sepultamentos por mês sem identificar a causa da morte, mesmo quando o envolvido passa pelo hospital. Isso compromete o trabalho da Secretaria nas ações preventivas de saúde ”, declara.
Dos 244 municípios piauienses, 125 já realizaram o cadastro junto à Secretaria, que após receber o registro desloca uma equipe para fazer o geoprocessamento do local. “Os técnicos da Sesapi farão a marcação das latitudes e longitudes do local, além de fotografias que ficarão em um banco de dados a disposição do Ministério”, explica Verônica Martins, consultora do Ministério da Saúde no Estado.
A previsão é que até o final do semestre todos os locais de sepultamento do Piauí estejam cadastrados e funcionando de com as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde e do Meio Ambiente.
Por Flalrreta Alves