As metas estabelecidas pela nova gestão do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí apresentam os primeiros êxitos. Em apenas um mês, o Centro duplicou o estoque de sangue que agora passa a contar com uma média diária de 400 bolsas. O diretor do Centro, Antonio Lages, considera que os resultados fazem parte do plano estabelecido pela nova gestão e do comprometimento dos funcionários e doadores. “Apresentamos uma meta para 180 dias e mobilizamos todos os funcionários, doadores, familiares e demais cidadãos a fazer parte dessa meta”, afirma. Além de manter a fidelidade do doador, as campanhas visam sensibilizar toda a população para o comprometimento em relação à doação de sangue. “Tentamos mobilizar principalmente aqueles que não podem doar, para que eles façam parte desse mutirão de sensibilização e tragam mais pessoas para o grupo. O nosso objetivo é ter pelo menos 900 bolsas diárias no estoque”, acrescenta. A próxima meta é aumentar a quantidade de doações de plaquetas, feita pelo sistema de Aférese, um procedimento no qual é possível retirar apenas uma das células do sangue total e que, por isso, é mais demorado que a doação comum. Por centrifugação, a máquina separa o sangue do doador e retira somente as plaquetas, devolvendo as outras células ao doador. Apesar de ser um processo mais demorado e minucioso, a doação de plaquetas por aférese é totalmente seguro, e em 24 horas o organismo recupera as plaquetas doadas. “Demora noventa minutos, mas o doador não sai com nenhuma sensação de mal estar”, informa Antonio Lages. Atualmente, o Centro conta com uma média de 20 plaquetas/mês, uma quantidade muito abaixo do recomendável. O diretor afirma que a meta é fazer esse número chegar pelo menos a 50 doações por mês. “A doação por plaqueta é mais segura. Tanto para o doador quanto para quem vai receber. A recuperação é mais rápida e a própria família pode e deve fazer isso por quem está precisando” declara. O Hemopi também melhorou a estrutura física. Dentre as melhorias, está a quantidade de vagas no estacionamento para transporte do doador. “Havia muita reclamação em relação à acessibilidade. Muitos reclamavam que não havia sequer local para estacionar. Agora, reservamos cinco vagas em nosso estacionamento para os doadores,” informa Maria Teixeira, assessora técnica do Centro. O lanche também foi reforçado, a valorização e motivação do doador e funcionários também fazem parte do plano de melhoria do Centro. Por Flalrreta Alves