Todo brasileiro tem direito à saúde, inclusive homens e mulheres que cumprem pena nos presídios do Piauí. Pensando nisso, os ministérios da Saúde e da Justiça instituíram no ano de 2003 o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário.
No Piauí, o governo Estadual começa a ajustar e implantar o Plano na rede carcerária de todo o Estado. Na manha desta segunda-feira (21), uma reunião na Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) discutiu ações pontuais que desrespeitam à saúde da comunidade carcerária.
Participaram da reunião representantes da Secretaria Estadual de Justiça (sejust), Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), Fundação Municipal de Saúde(FMS) e Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN). Representando a Sesapi, a Diretora da Gerência de Atenção à Saúde, Rosa Milanez e a coordenadora de Saúde da Mulher, Alzenir Moura Fé.
Segundo Rosa Milanez, o encontro serviu para os órgãos terem uma realidade do sistema penitenciário do Estado. Segundo ela, os principais problemas que se encontram nos presídios são a falta de estrutura física, recursos humanos e atenção aos presos. Para amenizar a situação, foram levantados pontos prioritários baseados no Plano Nacional.
“Precisamos adequar imediatamente o Estado ao Plano Nacional, já estamos em fase de finalização e até o final desse semestre queremos está dando mais qualidade ao cotidiano dos detentos, iremos investir em assistência a homens e mulheres, trabalhar a prevenção de doenças como tabagismo, tuberculose e HIV, além de fazer atividades educativas durante todo o ano”, pontuou.
Outro ponto de destaque da reunião foi a Saúde da Mulher Penitenciária. Para a coordenadora de Saúde da Mulher da Sesapi, Alzenir Moura Fé, a implantação do Plano trará mais qualidade de vida e um melhor acompanhamento as presidiárias do Estado.
“Na próxima semana já começaremos a visitar a Penitenciária Feminina para iniciar atividades alusivas ao Dia Internacional da Mulher. Com a chegada do Plano essas ações e novos recursos darão mais qualidade de vida a essas pessoas porque recursos estadual e federal entrarão para a rede penitenciária do Estado”, destacou.
O plano Estadual visa ainda levar escolas, oficinas e melhorias no Sistema de Saúde desses locais, além de implementar medidas de proteção específica, como vacinação contra hepatite, influenza e tétano. Outro ponto é tentar fortalecer iniciativas de trabalho no âmbito da saúde visando à profissionalização dos presos, à remição da pena e à efetivação de ações de promoção à saúde.
Por Adrianno Magno