A médica e diretora da Unidade de Vigilância e Atenção à Saúde da Sesapi, Secretaria estadual de Saúde, Drª Telma Evangelista, faz parte de uma equipe de pesquisadores piauienses que publicaram importantes projetos na 25ª edição do informativo científico Sapiência.
A Revista é ligada ao Núcleo de Estudos em Saúde Pública-NESP- da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e serve como um incentivo à pesquisa. O estudo foi denominado: “Fatores de Risco para a Hepatite B entre Caminhoneiros”.
O trabalho foi realizado no ano passado e serve de base para estudantes de mestrado e doutorados da UFPI. Durante um ano, mais de mil caminhoneiros foram entrevistados e pesquisados, por doutores, fisioterapeutas e alunos de medicina da Universidade Federal do Piauí.
Além da prevenção da Hepatite B, campanhas paralelas de prevenção a Aids e contra prostituição infantil também foram realizadas pelos pesquisadores. O resultado foi um importante diagnóstico sobre a saúde dos caminhoneiros.
De acordo com Telma Evangelista, a Pesquisa servirá de base para a Secretaria estadual de Saúde, já que tem importantes dados sobre a saúde deste público estudado em 2010.
“Percebemos que o acesso aos laboratórios torna-se difícil em função do motorista estar sempre viajando não ter com isso disponibilidade para um agendamento, mas agora os resultados servirão de referência para futuras campanhas do Ministério da Saúde em nosso Estado”, frisou.
O estudo mostra ainda que as atitudes incorretas da maioria dos caminhoneiros comprometem a saúde como uso de álcool, tabaco, alimentação inadequada, privação do sono, rebite, excesso de horas trabalhadas e outros fatores, o que acaba levando ao desequilíbrio orgânico e, consequentemente, a doenças.
O vírus da Hepatite B pode ficar até três dias armazenado em uma simples toalha de rosto, para isso os pesquisadores fizeram recomendações, alertaram para a higiene e os cuidados que os motoristas devem tomar nas pousadas e alojamentos. O estudo encontra-se na Universidade Federal do Piauí e brevemente deverá auxiliar as Unidades de Saúde da Sesapi.
“Foi um importante estudo feito no Estado, Além de detectar dados, fizemos questão de prevenir esses profissionais que muitas vezes trabalham em condições desumanas”, finalizou.