Um homem de 41 anos de idade, residente à Rua Guaporé, no Bairro Piauí, em Parnaíba, é o primeiro caso de morte por dengue hemorrágica no Piauí este ano. Ele faleceu no Hospital Dirceu Arcoverde, às 1h15 dessa segunda-feira, após ser transferido do Pronto Socorro municipal, onde deu entrada no sábado, já com um quadro bastante agravado.
Segundo a coordenadora de Epidemiologia da Secretaria de Saúde de Estado do Piauí, Amélia Costa, o paciente foi diagnosticado por um médico infectologista e outro clínico geral e todas as medidas cabíveis foram adotadas, mas o mesmo já apresentava um quadro de Síndrome do Choque por Dengue (SCD). “Ele estava com sudorese intensa, fortes dores abdominais e hematócrito muito baixo”, conta, afirmando que chamou a atenção dos médicos as manchas avermelhadas na região do tronco.
Amélia Costa disse que a família do paciente comunicou que o mesmo já apresentava os sintomas há cinco dias, mas não havia procurado uma unidade de Saúde, pois achava tratar-se de uma virose. “É aquela situação que sempre nos deparamos: as pessoas esperam demais para buscar ajuda médica e a demora no atendimento faz toda a diferença na hora de salvar uma vítima da dengue”, pontua.
A coordenadora informa que, por determinação da secretária Lilian Martins, acompanhou toda a evolução do caso e já solicitou uma maior atenção das autoridades locais para a região em que o paciente morava. "Pedi que fosse ampliado o apoio da Vigilância Epidemiológica de Parnaíba em especial para aquela comunidade, no sentido de debelar qualquer foco do mosquito e evitar ocorrências de novos casos", afirma.
O Ministério da Saúde deverá ser comunicado sobre a 1ª morte por dengue hemorrágica no Piauí logo após o Carnaval, quando serão repassados os novos dados das notificações da doença em todo o Estado.
Na oportunidade, a secretária também deverá solicitar das autoridades federais o envio de uma equipe para avaliar a situação da dengue em Piripiri, onde a epidemia da doença iniciou antes do previsto e há o relato de aparecimento de focos em regiões que já passaram por mais de um ciclo de borrifação de veneno.
Segundo Amélia Costa, a Sesapi continuará reforçando as ações de combate à dengue junto aos municípios com maior registro de casos. “Estamos enviando reforços e atuando junto às autoridades locais em ações educativas e mutirões, mas o nosso maior problema continua sendo os focos nos domicílios. As famílias precisam se conscientizar e ficar em alerta, evitando lixo a água parada”.