Uma constatação feita por técnicos da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), dá conta que boa parte dos gestores municipais não se preocupa em analisar a qualidade da água que está sendo bebida pela população. As informações foram repassadas no Auditório da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), nesta terça-feira (22), durante as comemorações do Dia Mundial da Água.

O coordenador de Vigilância Ambiental da Sesapi, Inácio Pereira, alertou aos participantes do evento que algumas cidades não controlam a qualidade da água para consumo humano, o que acaba gerando um surto de doenças hídricas, ou seja, transmitidas através da água.
 
“O trabalho da Sesapi consiste em diagnosticar como a água foi contaminada e o grau de contaminação, o município entra apenas com os insumos, mas mesmo assim encontramos barreiras para analisar essas amostras, por isso é preciso que o Ministério Público fiscalize e puna aqueles que não colaboram”, frisou.
 
As analises são feitas em parceria com o Lacen (Laboratorio Central do Estado), Funasa e Sesapi. Para o município de até 5 mi habitantes são recolhidas em média 12 amostras; já aquelas cidades acima de 20 mil habitantes são necessárias pelo menos 13 amostras de água e para os municípios acima de 100 mil habitantes, os técnicos recolhem até 53 amostras.
 
São através destas analises que a Coordenação de Vigilância Ambiental da Sesapi atua, apontando quais os poluentes encontrados e como agir para que aquele reservatório volte a oferecer novamente uma água que possa ser ingerida pelos populares da cidade pesquisada.
 
As ações passarão a ser mais intensas, após a assinatura do termo de cooperação, firmado entre o Ministério Público do Estado, Sesapi e Funasa. As cidades com surto de doenças hídricas passarão a receber visitas do Laboratório Móvel da Funasa que fará o controle da qualidade da água e enviará os resultados aos gestores com maior agilidade.
 
Segundo a farmacêutica da Funasa Vera Valetim, alguns municípios que demonstravam alguma variação na qualidade da água vêm sendo fiscalizados desde setembro do ano passado.
 
Cidades como Pavussú, Redenção do Gurguéia, São João da Varjota, Queimada Nova, Assunção do Piauí e Altos já foram visitadas pelo laboratório Móvel. “Toda a estrutura de um laboratório é encontrada nesta Unidade Móvel, aparelhos de última geração nos possibilita dar o resultado no mesmo dia aos gestores; já colhemos amostras destas cidades e os resultados foram entregues aos seus gestores”, explica.
 
A farmacêutica adianta que a pedido do Ministério Público outras cidades já estão na lista de Visitas da Funasa e da Sesapi, são elas: Luzilandia, Cajueiro da Praia e adjacências. Os órgãos farão visitas constantes durante todo o ano visando diminuir as doenças hídricas e controlar a qualidade da água para o consumo humano.
 
 Por Adrianno Magno