Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
Índice de crianças que nascem com HIV é de apenas 0,93 no Piauí
Apesar de o índice ser considerado baixo, Karina alerta para as dificuldades enfrentadas, como a subnotificação, por exemplo.
Após um levantamento detalhado durante todo o fim de semana, a Coordenação de Doenças Transmissíveis da Secretária de Estado da Saúde descobriu que o índice de crianças que nasceram com o vírus HIV no estado em 2010 é de apenas 0,93. Na semana passada foi divulgado o índice de 2.8 – o equivalente a nove crianças contaminadas - sendo que o indicador base estabelecido pelo Ministério da Saúde é de 0,98.
“Nós fomos buscar a ficha de cada criança no sistema de informação e detectamos que três são do estado do Maranhão. Outras duas possuem mais de 5 anos. Apenas três são realmente do Piauí”, esclarece Karina Amorim, coordenadora de DT da Sesapi.
O cálculo para se chegar ao índice real é feito dividindo o número de crianças nascidas contaminadas no ano, pela população de menores de cinco anos no estado, multiplicado por cem mil (faixa populacional). A população de pessoas com menos de cinco anos no Piauí é de aproximadamente 210 mil habitantes, segundo o IBGE.
“Feito esse cálculo nós chegamos ao índice de 0,93 no Piauí. O Ministério da Saúde estabelece que o índice seja menor que 2, mas nós pactuamos 0,98 e, por tanto, estamos bem abaixo”, destaca.
Apesar de o índice ser considerado baixo, Karina alerta para as dificuldades enfrentadas, como a subnotificação, por exemplo. “Muita gestante não faz o pré-natal, outras têm os filhos em casa. Isso acontece principalmente no interior”, explica.
Segundo Karina, a equipe do Programa Saúde da Família (PSF) tem que identificar todas as gestantes de sua área e oferecer o teste para HIV. “Nem sempre elas aceitam fazer, mas esse é o procedimento padrão”, destaca.
Caso uma gestante seja diagnosticada com HIV, ela terá que tomar antiretroviral durante todo o período gestacional. Durante o parto, a mãe deve tomar AZT injetável. Já a criança, é obrigatório tomar AZT oral por 42 dias. O recém-nascido também não pode receber o leite materno da mãe.
“Para isso, o estado oferece leite até um ano de idade”, finaliza Karina.