A cada 26 segundos uma pessoa tem infarto agudo do miocárdio (IAM), e a cada um minuto o mesmo paciente chega a falecer em decorrência do problema. No Brasil a doença é uma das que mais mata e nos últimos anos o Ministério da Saúde vem capacitando profissionais para diminuir este tipo de ocorrência, considerando que muitas vítimas morrem ou têm problemas cardiológicos permanentes por não buscarem socorro médico de forma rápida.

Nesse sentido, a coordenação estadual do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) realizou, dia 11 e 12, uma oficina para 80 profissionais ligados ao SAMU, com esclarecimentos, palestras e aulas práticas sobre o tema.

O evento, que aconteceu na Central de Regulação do Samu, no bairro Itararé, Zona sudeste de Teresina, contou com a presença dos médicos cardiologistas João Moraes (Juca Bala), de Recife (PE) e Dr. Ivan Paiva, da Coordenação do SAMU Salvador ( BA). “Estamos treinando o profissional do Samu para, assim que solicitado, conseguir tratar o paciente logo que chegar a casa dele. Eles tiveram treinamento também de eletrocardiograma e parada cardíaca para prestar o atendimento de forma rápida e eficaz”, pontua João Moraes ao avaliar que a iniciativa vai garantir profissionais mais capacitados para enfrentar este tipo de ocorrência.

De acordo com a coordenadora geral do Samu, Christianne Rocha Leal, o curso foi proveitoso para os profissionais e para o Samu. “ Estamos apenas com um mês na Central e aqui funciona o Núcleo de Educação Permanente do Samu, que é um dos primeiros passos para qualificar nossos profissionais que tiveram ótimo rendimento, aumentando a confiança que eles cumprirão os atendimentos de forma rápida e de forma correta”, avalia.

Para o Dr. Ivan Paiva, a troca de experiência dos Samus proporciona melhorias não so na região estadual, mas em todo o País. “Não basta termos atividades fechadas, essa capacitação é de grande valia para nós de outros estados que também pode avaliar quais as melhorias devem ser levadas para o resto do país. Aqui o Piauí está no rumo certo para se tornar referencia neste tipo de atendimento” destacou.

Ao todo, duas turmas, cada uma com 40 profissionais, passaram pelo curso, organizado pela Coordenação Geral do Samu, Secretaria estadual de Saúde (Sesapi) e o laboratório Boehringer-Ingelheim do Brasil.

Por Adrianno Magno