Ter uma boa voz não é só imprescindível para um professor, como também interfere diretamente no processo ensino-aprendizagem dentro da sala de aula. Pensando nisso, o Centro de Referência da Saúde do Trabalhador (CEREST), desenvolveu um projeto nas escolas estaduais no ano de 2006 para promover a Saúde Vocal através de orientações sobre o assunto e também mostrar como as condições ambientais, físicas e químicas podem contribuir no processo de adoecimento.

Durante as palestras, o professor aprende o que é melhor para sua voz, ao mesmo tempo em que é orientado de como perceber o que interfere na boa produção vocal, como por exemplo, identificar as posturas inadequadas dentro da sala de aula, os hábitos de usar abusivamente e fazer mau uso da voz, entre outras coisas.

Inicialmente, apenas 5 escolas foram beneficiadas com o projeto. “Hoje o nosso trabalho itinerante é realizado de acordo com a demanda onde são desenvolvidas palestras educativas em várias  escolas”, explicou a fonoaudióloga Carlene Bitu. No último sábado (07) a palestra aconteceu na Unidade Escolar Demerval Lobão, bairro Primavera.

Através dessas palestras, o CEREST quer despertar no professor, a preocupação com o seu instrumento de trabalho, a voz. “Muitas vezes o professor sai de uma graduação sem a noção de como utilizar de forma correta a sua voz, e dai vem o estigma de que o professor ficar rouco é normal, quando na verdade sabemos que não é”, acrescentou a fonoaudióloga.

A novidade da execução do projeto nesse semestre é a atuação de duas alunas do curso de pedagogia. “Nesse semestre estamos sendo acompanhadas por duas alunas do curso de pedagogia de uma faculdade particular. Elas estão desenvolvendo seus  estágios dentro do projeto, onde o objetivo principal é a educação permanente”, acrescentou a assistente social do CEREST, Odete Melo, que tem participação ativa no projeto.

Nas palestras é feita ainda a distribuição de squeezes (garrafinhas) para incentivar a ingestão de líquidos para a hidratação das pregas vocais.