Para celebrar o Dia Mundial Sem Tabaco, a Secretaria Estadual de Saúde realizou um evento no pátio do órgão, marcado por uma palestra e esclarecimentos de dúvidas a respeito do assunto. Em seu pronunciamento, a Secretária de Estado da Saúde, Lilian Martins, declarou que embora as estatísticas apontem uma diminuição do número de fumantes, ainda é grande a quantidade de pessoas dependentes desse vício.

 

“Nos últimos dez anos, diminuímos em 15% o número de fumantes no Brasil. Temos hoje 24 milhões de fumantes acima de 15 anos, um registro ainda altíssimo e que precisa ser reduzido para melhorar a saúde publica” afirma.

 

De acordo com a secretária Lilian, o fato de o Brasil ser o segundo maior produtor mundial de tabaco e liderar a exportações não é determinante para tornar o país viciado. “Fazer movimentar a economia tem um preço, que não deve ser pago pela saúde pública. Se cumprirmos nosso papel de conscientização e sensibilização, podemos diminuir essa dependência em nossa nação”, reitera.

 

Com essa consideração, Lilian Martins recomendou que os funcionários e colaboradores da Sesapi não fumem nas dependências da Secretaria.

 

A solenidade também contou com a participação da vereadora Rosário Bezerra, autora da Lei 4034 que proíbe o uso de fumo em ambientes fechados. A parlamentar elogiou o trabalho da Secretaria e agradeceu o apoio dado à Lei. “Ao afirmar que o não cumprimento dessa Lei é um retrocesso, a secretária Lilian Martins reforça seu papel como cidadã e como gestora responsável em melhorar a saúde publica do nosso estado. E acredito que essa melhoria já está acontecendo por todos os posicionamentos que Sesapi tem se colocado em nome da secretária Lilian, que por onde passa realiza um trabalho bem feito”, declara.

 

A principal atividade do evento foi a palestra do professor doutor Francisco Teixeira, que há mais de dez anos estuda e trabalha as formas de tratamento e aconselhamento ao tabagismo.  O professor considera que os efeitos da nicotina trazem prejuízos semelhantes aos efeitos da cocaína e heroína, e que combater esse vício depende principalmente da força de vontade do interessado. “O vício faz parte de um grau de importância que o cérebro registra. Se alguém conseguir passar pelo menos duas semanas sem fumar significa que ele consegue sair do vício”, afirma Teixeira.

 

Baseado na declaração do professor de que tentar substituir a fissura do fumo é a melhor forma de sair do vício, ao final da palestra houve a distribuição de bombons, em substituição ao cigarro. Além disso, os participantes puderam esclarecer duvidas e procurar a melhor forma de tratamento e combate ao tabaco.