A cada dia o aumento no número de acidentes de motocicletas vem congestionando as unidades de saúde do município e estado, em Teresina. O Hospital Getulio Vargas (HGV), que trata das cirurgias ortopédicas de alta complexidade, recebe atualmente  mais de 50 % de seus pacientes oriundos de Teresina.

Outro reforço importante para Teresina nesse tipo de atendimento é o Hospital Dirceu Arcoverde, mais conhecido como Hospital da Policia Militar (HPM). Nem com esses dois Hospitais atuando com toda modernidade e equipes capacitadas, o número de acidentados na espera por cirurgias não para de crescer.

Embora o HGV venha realizando mais de 590 cirurgias deste tipo, ainda há muitos pacientes na espera. Ao todo 1.400 pessoas aguardam atendimento, o que vem causando certa preocupação da diretoria do Hospital.

Carlos Iglezias Brandão, diretor do HGV, fez nessa terça-feira, 07, um alerta para a necessidade de serem tomadas medidas urgentes visando à redução dos traumas provocados pelos acidentes de trânsito no Estado.

Segundo Iglezias, além das medidas de redução que devam ser tomadas por vários segmentos da sociedade civil, o médico sugeriu também que a Fundação Municipal de Saúde (FMS), comece a trabalhar de forma diferente, credenciando um maior número de clinicas que possam dar conta desses atendimentos pelo menos em Teresina.

“Os piauienses tem que entender que o HGV agora é um Hospital de alta complexidade, o que temos que fazer urgente, é modificar a forma de atuação da FMS, que deveria credenciar mais clínicas em diversas regiões da cidade, para assim darmos conta de tanto acidente violento de moto que vem se repetindo a cada hora em Teresina”, relatou.

O diretor do HPM, coronel Rebelo, acrescenta que a secretária estadual de saúde vem determinando que os serviços básicos sejam oferecidos com total empenho para a população que busca o Hospital.

“Sabemos que cada unidade de saúde, seja ela do município ou do Estado tem suas responsabilidades, o trânsito passou a ser questão de saúde pública e a ordem da secretária Lilian Martins é que tudo que tiver que ser feito para os nossos pacientes, certamente faremos. As vezes a falta de informação é que atrapalha o atendimento, então o que nós gestores temos que fazer é trabalharmos juntos para que as pessoas realmente se conscientizem e possam ser mais responsável diminuindo assim os acidentes”, frisa o diretor do HPM.

Carlos Iglézias observa também que as campanhas educativas de conscientização de motoristas e, sobretudo de motociclistas, têm de ser ampliadas, pois somente assim será possível reduzir o número de acidentes e consequentemente de vítimas que superlotam as unidades de saúde do Município e do Estado.

“Com ações preventivas e de conscientização poderíamos minimizar a gravidade da situação, que fica ainda mais evidente quando lembramos que muitas dessas vítimas, na maioria jovens do sexo masculino, quando não vão a óbito, quase sempre ficam com sequelas para o resto da vida, resultantes das fraturas de pernas e braços, além das sequelas neurológicas”, adverte.

Por Adrianno Magno