A secretária de estado da Saúde, Lilian Martins, esteve nesta quarta-feira (22) no plenário da Assembleia Legislativa do Piauí, oportunidade em que apresentou para os deputados um diagnóstico da saúde no estado. A gestora falou sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), das dificuldades na atenção primária, falta de médicos, orçamento, dentre outros assuntos.

 

Lilian Martins disse que tem consciência das dificuldades enfrentadas pelo SUS e que o sistema não é tão bom como se propõe. “34% dos brasileiros acham que o SUS é bom, mesmo com as dificuldades. Todos nós brasileiros, em algum momento, utiliza o SUS, mesmo que tenha muito dinheiro. Quando a gente vacina nosso filho em um posto de saúde usa o SUS”, afirma.

 

Sobre atenção primária, a secretária disse que as principais dificuldades encontradas passam, pela baixa resolutividade, descumprimento da carga horária, dentre outros. “ 70% dos pacientes que estrangulam os hospitais do interior poderiam ter sido resolvidos no seu município”, disse Lilian Martins, destacando que a redução da mortalidade infantil e materna são objetivos a serem seguidos na atenção primária, além de combate à dengue.

 

A secretária foi enfática em dizer que seu objetivo a frente da Sesapi é garantir o acesso à saúde. “Estamos fazendo pausas, curvas, mas o objetivo está sendo perseguido. O acesso é uma obsessão da secretaria Lilian Martins. Se eu não conseguir ampliar o acesseo não terei conseguido nada. Uma das ações foi profissionalizar a gestão”, declarou. “Já tive necessidade de fazer três modificações e farei quantas forem preciso. Todas foram por conta de ajustes”, acrescentou.

 

Lilian Martins falou dos leitos de UTI no Piauí e aproveitou a oportunidade para informar que a cidade de Piripiri ganhará sua unidade no final de julho. No total, o estado possui 166 leitos de UTI entre privado e público. “No caso de Piripiri, o problema é um profissional especializado”, afirmou.

 

A gestora falou do orçamento destinado à saúde em 2011, que gira em torno de R$ 650 milhoes, das despesas de janeiro a maio deste ano, que já chega a R$ 8 milhões, sendo que parte dela é fruto de demanda judicial com relação a medicamentos, cerca de R$ 2 milhões.

 

Lilian Martins falou ainda da aprovação da PPI (Programação Pactuada Integrada) entre municípios do estado, da municipalização de hospitais, este último, por sinal, um desafio para a gestora. “Foram 78 municipalizados. Alguns deram certo e outros não deram certo por vários problemas. Ações políticas de dizer que vai trancar o hospital não é correto. Quem quer resolver o problema de saúde não precisa fazer espetáculo. Já negociamos com 14 cidades”, explicou.

A secretária encerrou sua apresentação na Alepi falando da realização de um concurso público para diversas áreas, que deve acontecer em agosto.

 

Apartes – os deputados Luciano Nunes, Evaldo Gomes, Firmino Filho fizeram apartes a secretária. O tucano Luciano disse que a gestora sempre será bem-vinda na Casa. “Quero louvar pela coragem de si dispor em gerenciar a saúde pública do estado”, afirmou.