Além dos desafios na área de prevenção e tratamento da Aids, o Brasil luta para enfrentar um problema ainda mais complexo: o preconceito contra soropositivos. Para tentar reduzir esse tipo de situação, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) e o Ministério da Saúde estão financiando ONGs que desenvolvam ações de promoção e defesa dos direitos humanos dos portadores do vírus da Aids.

Após realizar oficinas sobre o tema, a comissão avaliadora da Sesapi recebeu até o ultimo dia 27 deste mês, seis projetos de entidades de Teresina e do interior do Estado.

A técnica do departamento de prevenção e logística da Sesapi, Adriana Holanda, afirma que a ideia é promover uma ponte entre os usuários dos serviços dessas organizações e os mecanismos legais para a garantia dos direitos de quem tem HIV.

"Hoje, infelizmente, a questão dos direitos humanos é muito desrespeitada no Brasil. As pessoas que vivem com AIDS ainda são discriminadas, ainda são demitidas dos seus trabalhos, principalmente quando essa pessoa com HIV/AIDS tem uma orientação sexual, por exemplo homossexual, aí a discriminação é ainda maior", afirma Adriana Holanda.

As ONGs receberam o cronograma completo sobre as inscrições dos projetos para concorrer ao financiamento.  De acordo com a técnica da Sesapi, serão destinados ao todo um montante de 150 mil reais, sendo que para eventos nacionais, o máximo destinado será de 20 mil reais, para eventos regionais 15 mil reais e para estaduais e municipais 10 mil reais.

A próxima fase está prevista para o próximo dia 14 de julho, quando a comissão avaliadora irá abrir os projetos e avaliar se estão dentro das normas. Já a última etapa, está prevista para o dia 22 de julho, quando serão anunciados os vencedores.

Mas atenção, só passarão pela primeira fase as ONGs e entidades que possuem pelo menos um ano de fundada e que já tenham realizado algumas experiências na promoção dos direitos humanos dos portadores de HIV.

Esses eventos, segundo Adriana Holanda, são de fundamental importância para uma melhor estratégia de prevenção. Adriana afirma que a sociedade civil e o estado, juntos, atingem os objetivos com uma maior rapidez.

“O Estado faz questão de financiar estes projetos, porque os agentes que trabalham diariamente com esta questão as vezes chega com mais facilidade onde um órgão público demora meses, então é por isso que juntos acreditamos que a prevenção ainda é o melhor remédio”, finaliza.

 Por Adrianno Magno