O Ministério da Saúde terá um grupo de trabalho para elaborar um plano de ação para acompanhar o processo de desenvolvimento, produção e implantação da vacina contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde. O grupo foi criado esta semana e será fundamental para desenvolver estudos e estratégias da aplicação desta vacina.

Atualmente, três laboratórios realizam pesquisas sobre a vacina: Instituto Butantan, em parceria com o norte-americano NIH (Nacional Institutes of Health); Biomanguinhos da Fiocruz, em parceria com a GSK; e laboratório francês Sanofi Pasteur.

Para o coordenador ambiental da secretaria estadual de Saúde (Sesapi), Inácio Lima, a vacina vem sendo estudada há bastante tempo e tem uma expectativa de está disponível no Brasil num período de três anos.

“As experiências estão sendo bastante animadoras, nas últimas reuniões sobre a tão sonhada vacina, o Ministério nos repassou poucas informações sobre a parte laboratorial, mas nos asseguraram que dentro de três a quatro anos poderemos estar com mais esta poderosa arma em mãos contra o mosquito da Dengue”, frisou o coordenador.

O grupo montado pelo Ministério da Saúde também será responsável, em conjunto com especialistas - pela definição de estratégias de vacinação, bem como a avaliação de seu impacto e monitoramento de eventuais efeitos adversos. A equipe será composta por representantes de duas secretarias do Ministério da Saúde – Vigilância em Saúde e Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos – além da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O coordenador de Vigilância ambiental da Sesapi, explica que o governo Federal apóia o desenvolvimento das três vacinas, tanto das duas brasileiras – Fiocruz e do Butantan – mas também a que está em desenvolvimento pelo laboratório francês.

Ele lembra que enquanto a vacina não fica pronta, a população e os gestores devem continuar tendo os mesmos cuidados que são repassados todos os anos para o combate a doença. “Sabemos que todos os esforços estão sendo feitos para conseguirmos esta vacina, porém não podemos nos acomodar, até lá a população e os agentes envolvidos nesta luta devem continuar de olho no mosquito, realizando as ações que evitam a proliferação do mosquito”, alerta Inácio Lima.

De acordo com o Ministério da Saúde o grupo terá o prazo de seis meses, a partir desta semana, para apresentar o plano de ação.

Por Adrianno Magno