Dando continuidade a um trabalho que vem sendo desenvolvido semanalmente, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) está cadastrando interior a fora os locais de sepultamento de todo o Estado. O trabalho tem o objetivo de mapear e finalizar o cadastro de todos os cemitérios do Piauí.

Segundo a coordenadora estadual de Análise e Divulgação de Tendências em Saúde, Zenira Martins, a Sesapi tem o dever de não só cadastrar estes cemitérios mas, também, contribuir com ações preventivas de saúde para assim  conhecer a causa da morte, o que segundo a coordenadora, muitas cidades ainda não repassam esse dado importante para o controle de ações na área da Saúde.

Zenira Martins afirma que em alguns municípios essas ações ainda são comprometidas por conta das irregularidades dos locais de sepultamento. “Mesmo com nossos técnicos, existem cidades que possuem mais de 100 locais de sepultamento. Alguns registram mais de dez sepultamentos por mês sem identificar a causa da morte. Isso compromete muito o trabalho da Secretaria nas ações preventivas de saúde”, alerta.

Desde o início desta semana, as equipes da Sesapi se encontram nas cidades de Amarante, no sul do Estado e Batalha, ao Norte. Nestes locais os técnicos realizam o trabalho de georeferenciamento e após colherem os dados necessários mandam as informações para o Ministério da Saúde.

“Os técnicos da Sesapi fazem toda aquelas marcações das latitudes e longitudes do local, e também fotografias que ficarão em um banco de dados a disposição do Ministério”, explica Zenira Martins.

A ação é uma determinação do Ministério da Saúde, que se baseia nos últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) que apontou falha nos registros de óbitos do Brasil. De acordo com a publicação, mais de 10% da população declarada morta não tem documentação de óbito, problema recorrente devido a quantidade de cemitérios irregulares que recebem mortos sem a devida documentação.

O Ministério da Saúde considera que essa falha interfere no planejamento das ações de saúde. A previsão é que até o final do semestre todos os locais de sepultamento do Piauí estejam cadastrados e funcionando de com as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde e do Meio Ambiente.
 
Por Adrianno Magno