A população de Corrente (extremo sul do Piauí), e de mais oito municípios vizinhos que se beneficiam com o atendimento do Hospital “Dr. João Pacheco Cavalcante” aguardam o início das obras de reforma da unidade de saúde. A ordem de serviço no valor de R$ 600 mil já foi assinada pela secretária de estado da Saúde, Lilian Martins.

As obras devem ser iniciadas ainda esse mês e contemplarão melhorias físicas nos centros cirúrgicos, corredores - que passarão a ter acessibilidade - recepção, cozinha, modernização dos leitos, almoxarifado, farmácia, enfermaria, entre outros setores do Hospital.
 
“A reforma e reestruturação do Hospital de Corrente diminuirá as transferências para capital, diminuído assim os nossos problemas e conseqüentemente o sofrimento da população que dele depende, uma vez que estamos a quase 900km da capital. Minha meta como gestora, é fazer do hospital de Corrente referência para o Piauí - referência de atendimento, de prestação de serviços com eficiência, humanidade e eficácia; assim deixaremos de ser apontados como um má exemplo em um futuro próximo. As dificuldades e obstáculos são grandes, mas venceremos" frisa Samara Rodrigues Sá, diretora do hospital.
 
Mesmo funcionando com serviços básicos, a diretora afirma que nos últimos meses muito já tem sido feito para oferecer mais qualidade à população. Segundo Samara Sá, antes da sua gestão, a produtividade era quase zero e as condições de material eram praticamente inexistentes.
 
“O hospital sofria com a falta de material, como luvas, gases, seringas, medicamentos, hoje não temos mais esses problemas e já trabalhamos com procedimentos mensais que atingem a média dos seis mil e seiscentos atendimentos. Avançamos, mas para uma população de aproximadamente 95 mil habitantes é pouco, com a reforma a região ganhará com mais e melhores atendimentos”, reconhece a diretora.
 
Atualmente o Hospital de Corrente conta com um corpo funcional de cerca de 100 profissionais, que vão desde serviços gerais a técnicos, passando por enfermeiros, fisioterapeutas, médicos, prestadores serviços e etc.
 
Para Samara Sá, o aumento do número de profissionais, a reestruturação e a modernização da aparelhagem médica resolveriam as necessidades reais do hospital, mas, segundo Samara, “se isso não vier com a vontade do profissional em aperfeiçoar-se para estar a serviço do usuário hospitalar de nada adianta". Para a diretora do Hospital, a união de todos esses fatores é o ideal a ser perseguido.
 
"Não basta o governo disponibilizar tudo, se o profissional não se atualizar para melhorar sua eficiência, a produtividade e humanizar o atendimento”, enfatiza a diretora.
 
Embora a diretora tenha dificuldades com a atual situação, ela garante que a reforma já é um estímulo a mais para os profissionais e principalmente para a população, que será a principal beneficiada.
“Esta reforma reascende a esperança da população do extremo sul que vive tão distante da capital” destaca.
 

Antes e Agora do Hospital de Corrente:

 

Situação do Hospital de Corrente em 03 meses da nova Gestão

 

ANTES

 

AGORA

 

SEM MÉDICOS NO PLANTÃO

 

- MÉDICOS RETOMARAM SUAS FUNÇÕES

 

SEM MATERIAL PARA PROCEDIMENTOS BÁSICO

 

- COM MATERIAL( NÃO FALTA MAIS LUVAS, GASES, SERINGAS...)

 

SEM OXIGÊNIO

 

AS 03 BALAS DE OXIGÊNIO SEMPRE CARREGADAS

 

ATENDIMENTO AMBULATORIAL(MÊS DE REFERÊNCIA FEVEREIRO): 1.717

 

ATENDIMENTO AMBULATORIAL(MÊS DE REFERÊNCIA JUNHO): 3.011

 

INTERNAÇÕES(MÊS DE REFERÊNCIA FEVEREIRO): 46

 

INTERNAÇÕES(MÊS DE REFERÊNCIA JUNHO): 121

 

EMERGÊNCIA ( MÊS DE REFERÊNCIA – FEVEREIRO): 2.658

 

EMERGÊNCIA ( MÊS DE REFERÊNCIA – JUNHO): 3.561

 

TOTAL GERAL DE ATENDIMENTOS EM FEVEREIRO: 4.421

 

TOTAL GERAL DE ATENDIMENTOS EM JUNHO: 6.693

 
Por Adriano Magno