Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
Dia mundial de combate à hepatite: Piauí inova com campanha de conscientização
Vinte pontos de triagem e coleta foram espalhados pela praça, para atender as dezenas de pessoas que formavam filas para atendimento
Para celebrar o Dia Mundial de Combate às Hepatites virais (28 de julho), a Secretaria Estadual de Saúde em parceria com a Fundação Municipal de Saúde, realizou uma mobilização na Praça João Luiz Ferreira, onde foram realizados testes rápidos para diagnósticos da Hepatite B e C, exposição de material informativo, aconselhamentos e aplicação de vacinas.
Vinte pontos de triagem e coleta foram espalhados pela praça, para atender as dezenas de pessoas que formavam filas para atendimento. “Temos disponíveis 900 kits para realização de teste rápido e mais de três mil fichas de atendimentos”, explica Telma Evangelista, diretora de Vigilância e Atenção à Saúde da Sesapi.
A Hepatite é a terceira maior causa de morte no mundo, e existe em três tipos: A, B e C. O tipo A é identificado através de sorologia e procedimento específico, por isso que os teste rápidos, só identificam os tipos B e C. Durante a campanha na praça João Luiz, após a triagem que faz o levantamento sobre dados pessoais, tipo sanguíneo, orientação sexual e informações sobre uso de seringa, existência de piercing ou tatuagem, o cidadão realiza a coleta, onde é retirada pequena quantidade de sangue. Caso o reagente dê positivo para algum tipo de Hepatite, o paciente é encaminhado para a equipe de orientação e aconselhamento.
Crianças, adolescentes, jovens e adultos devem ser os primeiros pesquisados em caso de hepatite aguda. De acordo com a coordenadora de atenção a saúde da criança e adolescente, Rosa Laura, esse grupo reforça as ações preventivas. “É uma forma principalmente de evitar a contaminação”, reitera.
A Hepatite é uma doença grave, considerada caso de saúde pública. O Brasil registra três milhões de pessoas com o vírus, onde apenas 150 mil procuraram o tratamento, ou seja, 15 % da população é contaminada e 1% é portadora crônica. Os dados são do Ministério da Saúde, considerando as pessoas que têm hepatite e não sabem, pois trata-se de uma doença silenciosa.
Hepatite A
A Hepatite A é transmitida por vírus e produz inflamação e necrose do fígado. A transmissão desse vírus é fecal- oral através da ingestão de águas e alimentos contaminados ou diretamente de uma pessoa para outra.
Uma das formas de prevenção é principalmente o cuidado com a higiene e ingestão de alimentos. Utilização de água clorada ou fervida e o consumo de alimentos cozidos. O A Hepatite A não tem tratamento especifico, e as medidas terapêuticas visam reduzir o incomodo das manifestações clinicas.
Hepatite B
A Organização Mundial de Saúde calcula que cerca de 400 milhões de pessoas no mundo estão cronicamente infectadas pelo vírus da hepatite B, onde dois milhões são no Brasil. Esse grupo é exposto a complicações como cirrose e câncer de fígado.
A vacina contra a Hepatite B é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde e fica sob responsabilidade do município. Menores de um ano de idade, crianças de 01 a 19 anos, doadores de sangue, população indígena, profissionais de saúde, portadores de HIV, portadores de anemia falciforme, neoplasias, e usuários de drogas devem procurar o posto medico e receber a vacina.
Hepatite C
Descoberta recentemente, a Hepatite C é um caso de saúde pública já contaminou entre 170 e 200 milhões de pessoas no mundo. É causada por um vírus que ataca o fígado de forma lenta e silenciosa, sem sintomas físicos para o portador.
Quando detectada precocemente, a Hepatite C tem tratamento, inclusive gratuito, tendo inclusive cura.
C tem que saber C tem que curar
Os representantes da maior ONG no Brasil que relacionada a hepatite C, participaram da campanha realizada no Piauí. A ONG “C tem que saber C tem que curar” é formada por oito paulistas portadores da hepatite C e tem representantes em alguns estados da federação e fora do país. “Trabalhos em parceria com secretarias, municípios e com a Organização Mundial de Saúde, reforçando nosso trabalho de sensibilização e alerta às hepatites”, afirma o diretor executivo da ONG, Francisco Martucci.
A ONG existe há oito anos acompanha todos os trabalhos realizados em relação a hepatite. “Esse vento realizado no Piauí é uma coisa inédita e com resultados. Deve servir de exemplo para os outros estados e até outros países”, declara o diretor tesoureiro, José Sylvio Campos.
O Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais acontece em 64 países, e tem como maior objetivo sensibilizar para a prevenção e tratamentos da doença.