O Piauí está sendo o primeiro estado do Nordeste a receber a visita de técnicos do Ministério da Saúde (MS), cujo objetivo é dar início a um levantamento que pretende responder à seguinte pergunta: “depois de mais de 30 anos da implantação do Programa de Controle da Esquistossomose no país, como está a atual situação da esquistossomose no Brasil?”.

Para debater e montar a estratégia de viabilidade desta pesquisa no Piauí a Secretaria estadual de Saúde (Sesapi) realizou, na tarde de ontem, na Escola Fazendária, uma segunda reunião para tratar a cerca da montagem do cronograma final que será entregue aos gestores dos municípios sorteados. A primeira aconteceu pela manhã na Sesapi.

Neste segundo momento a Sesapi reuniu os gestores municipais da saúde e da educação das 19 cidades sorteadas pelo ministério da Saúde. A reunião foi intermediada pelo coordenador de Vigilância ambiental da Sesapi, Inácio Lima e contou com a presença do representante do ministério da Saúde, médico Fernando Bezerra, do  técnico do Lacen, Mauro Chagas, além de representantes da Seduc.

De acordo com Inácio Lima, os secretários municipais e estaduais dos dois órgãos estão ansiosos para darem inicio a esta pesquisa. “A Sesapi está percebendo o empenho dos e a vontade dos gestores em começar a colocar o pé na estrada, por isso estamos  adiantando o quanto antes a montagem de todo o cronograma necessário para este levantamento que vai dar uma nova cara para os indicadores do Esquistossomose no Brasil”, disse o coordenador.

A pesquisa será realizada em âmbito nacional e foi denominada de Inquérito Nacional de Prevalência da Esquistossomose Mansoni e Geo-Helmintoses, promovido pelo Serviço de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (SVS/MS). Somando todas as crianças atendidas nessas 19 cidades do Piauí, ao todo, serão 6.002.

Para o representante do MS, Fernando Bezerra, a previsão é que até o final de outubro já esteja tudo pronto para a pesquisa ser realizada. “Estamos nos empenhando ao máximo no Ministério e acreditamos que até o final de outubro a parte de logística, de material, formulários e as quantidades exatas para cada cidades estejam prontos. Pelo que sei das experiências de combate a doença aqui no Piauí, vejo que para esta pesquisa o Estado será um grande parceiro nosso, o que acaba trazendo beneficio para a população”, analisa.

Atualmente, o estado possui apenas duas áreas consideradas ativamente endêmicas, são elas: Picos e Pio IX (sem dados atualizados). A última etapa do encontro com técnicos da Sesapi, Seduc e MS, será nesta quarta-feira (10), onde serão discutidos detalhes sobre supervisão de equipes técnicas e divisão de tarefas para cada profissional das respectivas cidades.