Saúde masculina em foco foi o tema da discussão que aconteceu na manhã desta quinta-feira (11), no auditório da Escola fazendária. Cerca de 50 estudantes participaram da palestra ministrada pelo médico urologista José Lages. O evento foi realizado pela Secretaria de estado da Saúde através da coordenação de Atenção a Saúde do Homem e do Idoso.

O objetivo é apresentar a política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem para que essa seja aplicada no meio acadêmico e nas demais camadas da sociedade. De acordo com o supervisor estadual da Saúde do Homem, Danilo Aragão, essa política ainda é novidade, e somada a resistência que o público alvo ainda apresenta, precisa ser trabalhada e estimulada. “A população do sexo masculino ainda resiste em procurar assistência médica para prevenção, isso compromete também as relações com a família”, afirma Danilo, considerando o fato de que na maioria das vezes o homem por ser o chefe da casa, alega não ter tempo para tratar da saúde.

De acordo com o urologista José Lages, aos poucos esses paradigmas vão sendo quebrados. O médico conta que já recebe muitos pacientes que o procuram para prevenção. “Antes descobríamos alguma doença já em fase avançada, agora já detectamos alguma patologia no início da manifestação, e isso se deve principalmente à procura pela prevenção”, afirma.

Lages considera que, apesar da mudança, o medo e preconceito ainda é grande. “A Sociedade Brasileira de Urologia trabalha junto com o Ministério da Saúde nessa política de sensibilização para que a população masculina procure assistência médica. Estamos com uma caravana que recentemente esteve em Teresina e percorre todo o Brasil alertando para essa necessidade”, reforça o médico.

Ao final da palestra os alunos e professores tiraram dúvidas sobre como lidar e mobilizar a sociedade para saúde do homem, principalmente a população carcerária. Outro assunto discutido foi a disfunção erética, que apesar de ser comum em pessoas acima dos 50 anos, é um fator que também atinge os jovens. “Já recebi pacientes com 16 anos reclamando desse problema. Na realidade, trata-se de um fator psicológico que pode ser tratado sem prejuízos”, afirma José Lages.

O evento foi voltado para todos os públicos, além de alunos e professores teve representantes de algumas secretarias do Centro administrativo.