A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) deu início, na manhã desta quarta-feira (17), à Capacitação Técnico-Pedagógica Aperfeiçoamento em Maternidade, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc). O curso acontece na Escola Fazendária e é coordenado pelo Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde (CEEPS) e a Escola Técnica do SUS. O principal objetivo é capacitar enfermeiros que serão instrutores nas 24 cidades do Piauí onde os índices de mortalidade neonatal e infantil são considerados elevados.

A enfermeira Luciana Aparecida, coordenadora do Aperfeiçoamento em Maternidade, explica que em 2008 secretários de estado da Saúde da região Nordeste e da Amazônia assinaram um pacto em prol da redução da mortalidade infantil e, desde então, os estados dessas duas regiões, onde a incidência dos casos de mortalidade neonatal e infantil é alta, vêm desenvolvendo capacitações no sentido de aprimorar a atenção na maternidade.

“A ideia principal é sensibilizar os profissionais da saúde que atuam nos centros obstétricos. O aperfeiçoamento é ainda mais importante pois torna estes enfermeiros aptos a capacitar técnicos e auxiliares de enfermagem  nas cidades do interior do Piauí”, ressalta.

Essa é a segunda capacitação. Na primeira, cinco cidades receberam o curso, sendo Corrente, Bom Jesus, Oeiras, Valença do Piauí e Barras. Ao todo, cerca de 150 profissionais receberam a capacitação. Agora, enfermeiros de outras nove cidades, representantes de hospitais municipais e regionais, de secretarias municipais de Saúde e de programas de saúde, estão recebendo mais uma etapa do aperfeiçoamento, estando autorizados e aptos a capacitarem os profissionais por município.

Nessa segunda edição, participam os municípios de Batalha, Castelo do Piauí, Esperantina, Luzilândia, Pedro II, Piracuruca, Piripiri, São João do Piauí e União. O aperfeiçoamento trabalha as seguintes temáticas: Política Nacional de Atenção à Saúde da Mulher, Importância da Redução da Mortalidade Materna e Infantil, Fisiologia do parto, Acolhimento e Humanização, Avaliação e classificação do risco ao nascer, Parada cardio-respiratória no recém-nascido e reanimação neonatal, hemorragia, complicações do parto, entre outras.

O curso, que iniciou na manhã de hoje, se estende até o sábado (20), dia em que acontecem as aulas práticas, através de uma visita técnica á Maternidade Dona Evangelina Rosa. “Precisamos trabalhar a redução desses casos. No Piauí, em 2010, foram registrados 67 mortes de neonatal (crianças de zero a 28 dias) e 92 mortes de infantil (crianças acima de 28 dias). É um índice muito alarmante  e nossa meta é diminui-lo”, completa a enfermeira Luciana.
 

Por Flávio Moura.