Encerrou na manhã desta terça-feira (30) o I Seminário Estadual de Aprimoramento das Ações de Vigilância do Óbito, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) através da Coordenação de Análise, Divulgação de Situação e Tendência em Saúde. O evento iniciou na manhã dessa segunda-feira (29), com a proposta de aprimorar o processo de vigilância do óbito, com ênfase para o óbito materno, o infantil e aquele com causa mal definida. Gestores municipais, coordenadores de Regionais de Saúde, além de diretores de hospitais, técnicos e profissionais da área da saúde participaram do evento.

O Seminário também contou com a participação de representantes do Ministério da Saúde (MS), como a consultora técnica Raquel Lima e o coordenador geral de Informações e Análises Epidemiológicas do Ministério da Saúde, Juan Cortez, que vieram reforçar o plano nacional de vigilância do óbito, no sentido de unificar os trabalhos e promover uma integração entre o Piauí e os demais estados, bem como entre os próprios municípios piauienses.

“A nossa missão é ajudar o Piauí a promover essa integração e seguir a abertura dos princípios feita pelo Ministério da Saúde, no tocante à vigilância do óbito. O Piauí possui uma média de óbitos materno e infantil acima da média nacional, por isso a realização deste seminário é de crucial importância, para incentivar os profissionais e os gestores a aprimorarem o sistema de informação sobre a ocorrência de óbitos”, destacou Raquel Lima.

Na manhã de hoje, durante a finalização do evento, a secretária de Estado da Saúde, Lílian Martins, reforçou o empenho que a Sesapi está destacando para diminuir os índices em relação aos óbitos, principalmente, os que podem ser evitados, que podem sofrer intervenção. “É de suma importância o sistema de informação em saúde. Quando comecei o trabalho pela Saúde Pública do Piauí, encontrei vários dados, desencontros de informações. Por isso, a importância deste evento e de se manter uma atenção especial à vigilância do óbito”, ressaltou Lílian.

Ainda segundo a secretária, é preciso que os municípios valorizem a divulgação adequada das informações sobre o óbito materno e infantil. “Precisamos tornar a vigilância do óbito em realidade. É necessário mais atenção dos municípios para que, juntos, possamos mudar essa realidade de índices de mortalidade materno e infantil elevados. Por isso, devemos evitar a omissão diante dos casos de óbito: é preciso notificar e não encarar como apenas estatística, como apenas mais um que morre. São vidas e precisamos saber dessas informações para agir no sentido de evitar mais óbitos”, alertou.

O Seminário promoveu a atualização dos técnicos da Sesapi, de diretores de Gerências Regionais e dos profissionais das secretarias municipais de Saúde sobre a mortalidade materna e infantil e no processo de vigilância do óbito, além de realizar debates para a apresentação de experiências relacionadas ao Plano de Redução da Mortalidade Materna e Infantil.
 

Por Flávio Moura.