Você já conhece a camisinha feminina? À primeira vista, seu formato diferente faz muita gente ter receio antes do seu uso. Mas, a cada ano, mais mulheres, em especial, as adolescentes, estão deixando o preconceito de lado e buscando informações sobre essa versão feminina de cuidado na hora da relação sexual. Para diminuir ainda mais a rejeição, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) vem divulgando nas escolas estaduais e municipais as vantagens e o modo de usar desse preservativo.

As palestras e informações sobre a camisinha feminina são apenas algumas das atividades executadas pelo Programa Saúde na Escola (PSE) que, neste caso específico, acontecem em parceria com a coordenação de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e a Gerência de Atenção Básica.

Neste mês, os alunos da Unidade Escolar Odilon Nunes, no bairro Marquês, zona Norte de Teresina, receberão nesta sexta-feira (23), a partir das 08h, as atividades do PSE, oportunidade em que a Sesapi divulgará os cuidados com as DSTs, prevenção do uso de cigarros e drogas, distribuirá a cartilha do adolescente, além de monitorar o andamento das atividades do Programa.

Para a supervisora de DST da Sesapi, Sandra Cunha, as atividades do PSE são oportunidades importantes para que o público jovem possa aprender questões que venham a tratar temas voltados à relação sexual, às drogas e ao preconceito. “Sabemos que esta forma de prevenção feminina ainda é pouco utilizada pelos casais brasileiros. Nas ruas o povo ainda estranha quando mostramos a camisinha feminina, mas, nas escolas, aproveitamos para mostrar que o preservativo feminino também é uma forma de prevenção e que pode até ser mais agradável, já que é colocada até seis horas antes da relação, coisa que a camisinha masculina não proporciona”, destaca.

A camisinha feminina

O preservativo feminino tem abertura em formato oval, reforçada, que impede a entrada total no canal vaginal. O Brasil não produz esse tipo de camisinha. Por isso, o preço nas farmácias varia entre R$ 12 e R$ 15. Para o governo local, a compra unitária sai por R$ 8.

Milhares de unidades serão distribuídas até o final deste ano, mas, a Gerência aguarda o repasse do Ministério da Saúde. A projeção da necessidade local varia de acordo com a demanda e tem o foco de distribuição voltado principalmente para profissionais do sexo.
 

Por Adrianno Magno