Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
70% das amputações dos membros inferiores são causadas por complicações do Diabetes
No Piauí o problema também vem gerando preocupação. Embora os números ainda não estejam disponíveis, a doença vem sendo tratada com atenção pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi)
Os portadores do diabetes vivem com um perigo constante: o chamado “pé diabético”. De acordo com dados do Ministério da Saúde, essa espécie de úlcera que pode atacar os pés de quem sofre com o diabetes responde a 70% das amputações de membros inferiores.
No Piauí o problema também vem gerando preocupação. Embora os números ainda não estejam disponíveis, a doença vem sendo tratada com atenção pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). A supervisora de Hipertensão e Diabetes da Sesapi, Gisela Brito explica que o alto nível de glicose no sangue pode causar lesões nos vasos sanguíneos e reduzir a chegada do sangue aos pés, o que acaba gerando o “pé diabético”. “Essa redução pode enfraquecer a pele, contribuindo para o aparecimento de ferimentos e dificultando a cicatrização, tendo, assim, que optar pela amputação”, enfatiza Gisela.
A supervisora afirma que o “pé diabético” pode ser prevenido com a realização de exames para o controle da glicose no sangue. Para quem tem diabetes tipo 1, a avaliação anual deve ser feita depois de cinco anos do recebimento do diagnóstico. Já para quem é portador do tipo 2, essa visita ao médico tem que acontecer um ano após saber da doença. Além disso, o paciente precisa tomar diversos cuidados, como sempre examinar os pés e observar se há alterações na pele ou deformidades.
“Ele deve evitar lesões nos pés, evitar andar descalço, deve manter os pés secos e limpos, deve aplicar loção hidratante para evitar que a pele fique seca e com rachaduras. Também deve tomar cuidado ao cortar as unhas e não estourar bolhas nos pés”, ressaltou.
O tratamento para o “pé diabético” vai ser escolhido de acordo com a gravidade das úlceras, podendo ser feito apenas com curativos e antibióticos. As amputações só ocorrem em situações extremamente graves de infecção que afetem o osso e o músculo.
A especialista afirma que na rede pública existem médicos e oficinas exclusivas para o tratamento da doença, levando aos pacientes um tratamento multidisciplinar, o que ajuda a reduzir os casos graves da doença. “Temos ainda 29 tutores em Educação para o cuidado em diabetes; isso reforça as oficinas que trabalham também um módulo exclusivo sobre o ‘pé diabético’. Assim vamos levando a importância de prevenir essa doença numa parceria entre Estado e municípios”, finaliza a supervisora.