Os médicos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) que estão em Teresina desde a segunda-feira (03) ministraram na noite dessa quarta-feira (05), no auditório do Hospital Getúlio Vargas (HGV), o curso de Deformidades na Coluna Vertebral – Tratamento Conservador – Indicação e Técnica Cirúrgica, voltado para os profissionais da saúde que atuam no HGV, em especial, os médicos ortopedistas e anestesistas, além de enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos em enfermagem.

O curso foi coordenador pelos médicos Wilson Rodrigues, do HGV e idealizador do curso, além de Luiz Cláudio Schettino e de Luís Eduardo Carelli, do INTO. Os médicos Antonio Eulálio Pedrosa, Renato Henrique Tavares e Paulo José Ramos, também do INTO, colaboraram na organização do curso, que deu ênfase aos casos de Escoliose Idiopática, Congênita e Neuromuscular.

O médico Luiz Cláudio Schettino iniciou a formação falando sobre os princípios básicos das deformidades na coluna, dando ênfase aos casos de Escoliose Idiopática, a mais comum, segundo Schettino. “Primeiro, gostaria de parabenizar o Estado do Piauí pela importante iniciativa. Depois, ressaltar que as deformidades na coluna existem em grande escala e são motivo de longas filas em hospitais públicos de todo o país e, no Piauí, não é diferente”, disse Schettino.

O diretor geral do HGV, Carlos Iglezias Brandão, fez a abertura solene do curso e, na oportunidade, representou a secretária de Estado da Saúde, Lilian Martins. “Este mutirão de cirurgias ortopédicas e este curso são importantes avanços, que tiveram o total apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde”, pontuou Iglezias.

Luiz Cláudio Schettino, ortopedista, explicou que a Escoliose Idiopática corresponde a 80% de todas as Escolioses. Trata-se de uma curva lateral da coluna vertebral, do tipo estrutural, com causa desconhecida. “A única certeza que podemos ter é que é uma patologia genética, hereditária. Além disso, observamos que a Escoliose Idiopática é mais frequente entre mulheres, especialmente, em meninas, crianças. Estima-se que para cada oito meninas, há, em média, um menino com Escoliose Idiopática. Mas, a doença pode aparecer em qualquer idade, necessitando, portanto, que o diagnóstico seja feito o quanto antes”, explicou.

Os participantes tiveram espaços para solucionar dúvidas e compartilhar experiências do atendimento às pessoas com deformidades na coluna. O curso faz parte da programação da semana do mutirão para realização de cirurgias ortopédicas, que conta com 17 profissionais do INTO, que estão trabalhando nas dependências do HGV.
 

Por Flávio Moura