As pessoas que vivem com o vírus HIV estão cada vez mais otimistas. Isso porque, segundo cientistas do Reino Unido, a expectativa de vida dos soropositivos aumentou 15 anos entre 1996 e 2008. Atividades do Ministério da Saúde evidenciam a nova realidade dessas pessoas que, como resultado, ganham acesso universal ao tratamento da doença e ao avanço das pesquisas, proporcionando a essa parcela da população o benefício do diagnóstico precoce, prática adotada pelo Brasil desde 1996.

No Piauí esses tratamentos também vêm dando mais qualidade de vida para os 4.201 portadores de HIV, que buscam os serviços da rede pública de saúde. Para a supervisora da coordenação de Doenças Transmissíveis (DT), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), Sandra Cunha, o desafio dos Governos Estadual e Federal é manter a estratégia do diagnóstico precoce. “O nosso grande desafio é oferecer oportunidades para que a população piauiense busque e tenha acesso ao diagnóstico precoce. Só assim teremos chance de controlar a infecção pelo HIV. E é por isso que as campanhas estão por todas as partes”, destaca Sandra.

No início da década de 1990, o tratamento para a Aids era basicamente administrado pelo AZT, que atuava isoladamente como redutor da reprodução do HIV no organismo. Hoje, o Ministério da Saúde fornece, gratuitamente, cerca de 20 anti-retrovirais na rede pública de saúde, medicamentos com eficácia mais moderna, capazes de garantir a qualidade de vida do soropostivo. Para isso, o Governo Federal investe, anualmente, cerca de 800 milhões de reais para garantir o acesso gratuito e universal aos medicamentos para combater a Aids no Brasil.

A supervisora aproveita para alertar a população sobre a importância de se fazer os diagnósticos com antecedência. “No Piauí existem cinco Serviços de Atendimento Especializado (SAE) e, através deles, monitoramos as principais cidades do Estado. A população não deve temer o exame, pois todos os serviços são gratuitos e sigilosos”, garante a supervisora.

Em Teresina também são disponibilizados testes gratuitos do HIV através do CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento), localizado à Rua 24 de Janeiro, no Edifício Teresa Cristina, Centro.
 

Por Adrianno Magno