Com a proximidade do período chuvoso, cresce a preocupação com o aparecimento de novos focos da dengue no Piauí. Por conta disso, a Secretaria de Estado da Saúde está intensificando ações preventivas de combate ao mosquito Aedes aegypti neste fim de ano.

Através da Coordenação de Vigilância em Saúde, a secretaria está reforçando sua frota de veículos. Recentemente adquiriu um caminhão para transporte de inseticidas e está em fase final de aquisição de mais dois veículos fumacê. Atualmente, 12 carros estão preparados para entrar em atividade em qualquer município do estado que venha a ter surto de dengue.

“Esses veículos são essenciais na luta contra o mosquito, no entanto, as principais ações devem vir de casa”, diz Inácio Lima.

Segundo o coordenador, os gestores municipais não podem descuidar na limpeza de suas cidades. “É preciso que todo mundo faça a sua parte. O município cuida da limpeza das ruas e a população deve olhar para o quintal de suas casas. Nós estamos em constante ajuda aos municípios orientando sobre várias temáticas, dentre elas o cuidado com o lixo, principalmente nas cidades com maior número de casos”, afirma.

Inácio ressalta que anualmente o Ministério da Saúde tem orientado aos estados para a necessidade de realização do LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) para dengue. “E assim foi feito neste ano de 2011 – no nosso estado treinamos para realização do LIRAa 35 municípios considerados prioritários, sendo que 12 desses municípios foram treinados também  em outra metodologia para identificação de áreas de maior risco de transmissão da dengue”, explica.

Segundo o LIRAa, divulgado hoje pelo Ministério da Saúde, o Piauí aparece numa situação confortável em relação a dengue, já que apenas três municípios aparecem em situação de risco. São eles: Água Branca, São Raimundo Nonato e Coronel Jose Dias. Este último não apareceu no levantamento por falha na publicação do MS.

O coordenador destaca algumas ações desenvolvidas durante todo o ano de 2011. Dentre elas o estreitamento de diálogo com as regionais e municípios para intensificação das ações de enfrentamento da dengue . “Foram reuniões, pactuação de metas, monitoramento, supervisões, treinamentos de agentes de controle de endemias, além de manutenção da regularidade de abastecimento com inseticida”, afirma.

Ainda de acordo com Inácio Lima houve este ano um aumento da sensibilidade da vigilância epidemiológica na notificação de casos. “Porém, a demora dos municípios no encaminhamento das informações, tanto sobre a ocorrência de casos como dos dados de infestação do mosquito, levaram à disseminação da dengue e conseqüente atraso das ações complementares (fumacê) da SESAPI em apoio a esses municípios, finaliza.