Manchas avermelhadas e dormências no local da lesão. Esses são alguns dos sintomas associados à Hanseníase. A doença afeta todos os anos milhões de pessoas que, por desconhecerem os principais sintomas, deixam de procurar assistência médica, tornando a cura mais distante. Por esse motivo o Ministério da Saúde promove no período de 25 a 31 de janeiro a Semana Mundial de Luta Contra a Hanseníase, que será marcada por atividades em todo o país, objetivando alertar a sociedade sobre os sintomas da doença e a busca ativa de novos casos.
 
No Piauí a programação ficará sob a responsabilidade da Coordenação de DST/AIDS, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), que desde o início desta quarta-feira (11) vem realizando reuniões com os municípios prioritários, a fim de definir todo o cronograma das atividades que serão desenvolvidas.  Em todo o Estado, as atividades terão início a partir do dia 24 de Janeiro.
 
De acordo com a coordenadora de DST/AIDS, Karina Amorim, os gestores das cidades de Teresina, Floriano, União e Picos já estão reunidos na Sesapi para definirem o início das atividades de luta contra a Hanseníase. "Queremos conscientizar as comunidades sobre a importância de se prevenir essa doença. Por isso iniciamos as reuniões já nesta quarta com as cidades que mais apresentam casos no nosso Estado", informou.
 
Karina Amorim diz, ainda, que os municípios receberão, este ano, recursos do Ministério da Saúde para continuarem o tratamento e as campanhas sobre Hanseníase e, por isso, eles devem buscar todas as informações necessárias junto à Sesapi, o quanto antes. "O Governo Federal está trabalhando para dar todo o suporte necessário aos municípios, mas, para isso, eles devem seguir os critérios e as regras estabelecidas pelo Ministério. Só assim receberão a verba de combate à Hanseníase", explicou a coordenadora. 

Atualmente a maior preocupação do Ministério da Saúde referente à doença é o caso de contaminação em adolescentes menores de 15 anos.
 
Um diagnóstico precoce
 
A Sesapi vem fazendo um trabalho de prevenção, mesmo sendo responsabilidade dos municípios. Outra preocupação é o contágio de pessoas que estejam em contato com pacientes com Hanseníase. Há casos em que na família uma pessoa tenha a doença e somente ela busca o tratamento. “Deve-se lembrar que todos que tiveram contato com essa pessoa devem buscar orientação médica para saber tomar os primeiros procedimentos”, alerta a coordenadora.

 
Por Adrianno Magno